Computadores precisam ser mais humanos, diz cofundador da Apple
“O iPad mudou a maneira que interagimos com computadores, como o mouse mudou antes dele. A próxima mudança, acredito, será o reconhecimento de voz”, apostou o engenheiro Steve Wozniak, cofundador da Apple que, hoje, não tem mais nenhuma ligação formal com a empresa.
“Não devo pensar quais palavras eu vou usar [ao interagir com meu celular]. O computador precisa entender. Acho que isso é o futuro”, afirmou.
Para ele, o iPad e o iPhone foram “sementes” de uma nova maneira de interagir com computadores. O “boom” das redes sociais, para ele, é em parte devido ao uso dessas ferramentas.
“Já existiam celulares que podiam navegar na web, enviar e-mail. Mas o iPhone colocou um computador portátil nas mãos das pessoas”.
De acordo com o engenheiro, o iPhone e o iPad abriram novas oportunidades para a educação, mas é preciso humanizar o computador.
Além de reconhecimento de voz, ele acredita que as câmeras devem reconhecer expressões e celulares e tablets podem ser usados como computadores interativos para auxiliar professores em uma sala de aula, onde alunos frequentemente não prestam atenção no que é ensinado.
O computador seria uma maneira de manter o aluno engajado.
Concorrência
Wozniak falou muito sobre o Android, o sistema operacional para celulares do Google, deixando claro sua preferência pela Apple ao criticar a “fragmentação” do sistema.
“O Android lembra a Microsoft de antigamente. Há fragmentação, problemas com compatibilidade de aplicativos e drivers e suporte a hardware que precisam se adequar ao menor denominador comum”, disse.
Mas o engenheiro confessou desejar que a plataforma fosse mais aberta, permitindo a criação de aplicativos “como no meu Mac”.
Ele não comentou sobre o Windows Phone 7, dizendo nunca ter usado um aparelho com o sistema, e ignorou a RIM (fabricante do BlackBerry) ao afirmar que “há apenas dois sistemas operacionais para celulares no futuro próximo”.
Inovação
Wozniak desenvolveu os primeiros computadores da Apple e se diz preocupado com a atual dificuldade dos “pequenos” para encontrar espaço no mercado.
“Alguém que tem ideias e está só não deve perder uma oportunidade porque outra pessoa tem mais dinheiro. Os mercados tendem a se fechar, é difícil para os pequenos serem notados”, comentou.
No quesito inovação, ele disse que nenhuma grande empresa pode ser descartada, porque eles têm recursos e pessoas inteligentes trabalhando. “A Microsoft fez o Kinect. É difícil saber o que vão fazer”.
fonte: Altieres Rohr
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