A pré-estréia do novo filme de Jim Carrey, Os Pingüins do Papai, realizada em um complexo de cinemas da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro, parece ter sido a oportunidade perfeita para o ator canadense encontrar-se mais uma vez com Rodrigo Santoro, parceiro no longa O Golpista do Ano, em 2009.

Depois de ter frustrado o seu plano de viajar com o amigo brasileiro à floresta amazônica, Carrey conversou longamente com Santoro nos momentos que antecederam a projeção do filme. Rodrigo, que tinha chegado um pouco mais cedo, disse que explicou ao colega hollywoodiano que não seria fácil concretizar o desejo de conhecer a floresta devido às dimensões continentais do Brasil.

“Ele tem muita vontade de ir a Amazônia mesmo, mas eu expliquei que não é tão fácil; não dá para ir em um dia e voltar no outro. Eu fui duas vezes à Manaus, mas não conheço a floresta. Estou me programando para ficar dez dias lá. Quem sabe ele não vai comigo?”, deixou no ar.

Vinte minutos depois, quando o astro da noite chegou, Rodrigo tratou de ciceroneá-lo. Santoro conduziu Carrey para falar com alguns repórteres e até bancou o tradutor para a equipe do ‘Pânico na TV’.

Paciente, Rodrigo chegou a ler uma carta de Eduardo Sterblitch (conhecido pelo personagem Fred Mercury Prateado), no qual o humorista se declarava fã de Carrey e pedia a oportunidade para atuar como figurante em um dos seus filmes.

Através do ator brasileiro, Jim prometeu que ia mandar um e-mail para Sterblitch. O canadense também não perdeu a oportunidade de brincar com Sabrina Sato e, em inglês, pediu licença ao humorista e disse: “Agora me deixa falar com ela, porque ela é mais bonita que você”.

Carrey, que está “solteiro” desde o fim do namoro com a atriz norte-americana Jenny McCarthy, aproveitou para jogar charme em várias outras repórteres durante as entrevistas, e disse que se tivesse mais tempo gostaria de namorar uma brasileira. “As mulheres do Brasil são lindas, estou pensando em levar uma na bagagem”, brincou.

Sempre bem-humorado, o ator disse que não consegue controlar as caretas. Ele afirmou que o segredo de fazer as pessoas rirem é porque fora das telas ele também ri muito. Principalmente, disse ele, quando vê programas no estilo vídeo-cassetadas ou quando assiste os filmes do ator britânico Peter Sellers.

“Ele é um dos meus ídolos. Eu rio muito quando eu vejo pessoas cometendo erros e nos filmes do Peter tem sempre isso. Ele caindo, entrando por portas erradas”.

Jim Carrey acabou revelando que uma das únicas coisas que tiraram o seu bom humor foi justamente a filmagem com um animal. “Em Ace Ventura tinha um esquilo vermelho que eu tive vontade de matar. Ele era alucinado. Eu fazia caretas para ele e ele tentava me morder.

Tinha que sempre andar com a mão no bolso senão ele comia a minha mão”. Já em Os Pingüins do Papai o ator disse não ter tido nenhum tipo de problema.

“Os pingüins são muito mais dóceis e, diria, fáceis de contracenar. Eles também mordiam meus dedos, mas não era por mal. Foi só porque eles não sabem a diferença entre dedos e sardinhas. Mas eu expliquei para eles e ficamos bons amigos”, disse o ator imitando o som emitido pelos pingüins.

Além de Jim Carrey e Rodrigo Santoro, vários outros famosos compareceram ao evento. O habitual tapete vermelho usado em pré-estréias foi trocado por um tapete branco, para imitar neve.

Por ele passaram a apresentadora do ‘Fantástico’ Patrícia Poeta, Suzana Werner, Carla Daniel e Herson Capri, entre outros globais, a maioria acompanhada pelos seus filhos. Os Pingüins do Papai estreia na próxima sexta-feira em circuito nacional.

fonte: Leo Pinheiro