Steven Spielberg é um dos poucos cineastas reconhecidos por conseguir fazer entretenimento puro com conteúdo, sem exagerar em nenhum dos dois. E é essa fórmula que chega aos cinemas nesta sexta-feira (12) em “Super 8”, longa produzido por Spielberg e dirigido por J.J. Abrams.

A história começa no verão de 1979, quando um grupo de crianças em uma pequena cidade de Ohio presencia uma catastrófica colisão de trens no momento em que produziam um filme com a câmera Super-8. Tempos depois, os mesmos meninos desconfiam que o acidente, na verdade teria sido proposital. Em seguida, estranhos desaparecimentos e eventos inexplicáveis começam a acontecer na cidade, e o agente da lei tenta descobrir a verdade.

A diferença de “Super 8” para os recentes filmes hollywoodianos que têm forte influência de efeitos especiais está no maior destaque dado aos humanos do que aos monstros, fato inverso do que acontece, por exemplo, no último “Transformers”, que também teve participação de Spielberg.

Até por isso, a vida dos seis pré-adolescentes felizes que queriam fazer um filme com zumbis é tratada com cuidado em uma trama “normal”. Temas como o entendimento da vida adulta e a influência dos familiares no futuro de cada um são abordados. Ou seja, sentimentos comuns a todos.

Os meninos desfilam como adultos e foi preciso encontrar talentos desconhecidos, revela J.J. Abrams, que aposta nos seis atores, como Spielberg apostou em Drew Barrymore em “E.T. – O Extraterrestre”. “Um dos desafios foi escolher o elenco. Queria que os meninos fossem verdadeiros, com alma. A procura foi eterna”, confessou à imprensa mundial no lançamento do filme.

A normalidade é quebrada quando o acidente gigantesco acontece. “Queria o maior acidente de comboio possível. Quando somos crianças e testemunhamos algo do gênero, parece que o tempo estica e estica. Queria que fosse uma experiência subjetiva”, explicou Abrams à revista norte americana “Empire”

Fonte:jornalacidade