Após assembléia, operários acatam decisão judicial e encerram greve na obra do Maracanã

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Depois de 19 dias, o Maracanã finalmente volta a ter a presença dos operários em seu interior. As obras para modernização do estádio, que abrigará a final da Copa do Mundo de 2014, ficaram paradas pela segunda vez em menos de um mês por conta de uma greve incentivada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp).

Mas a decisão judicial, tomada na última sexta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), decretou que o movimento era abusivo e não procedia. Assim, em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, os trabalhadores optaram por acatar a medida e retomaram as atividades.

Um representante da presidente da República, Dilma Rousseff, esteve no julgamento na sede do TRT, conversou com as duas partes e interveio positivamente no caso para evitar que ninguém saísse insatisfeito.

Ele propôs que, independentemente do resultado dos tribunais, houvesse uma nova reunião no estádio, o que acontecerá ao longo do dia. O pool de empresas envolvidas nas obras do estádio recuou e aceitou esse diálogo, abrindo a possibilidade de rediscutir alguns itens reivindicados pela classe.

A disputa, no entanto, não terminou oficialmente. Um recurso por parte dos advogados do sindicato será registrado nos próximos dias e, caso não se decida por um arquivamento em consequência do acordo, um novo julgamento pode rever o caso.

Os operários querem o aumento imediato da cesta básica de R$ 160 a R$ 180, reclamam da qualidade dos alimentos e da segurança, entre outros aspectos. Portanto, a volta da greve ainda está sujeita a estas definições

A sede de Belo Horizonte também sofre com movimentação semelhante no Mineirão. Na manhã de sexta-feira – data que marcou os mil dias que faltam para o Mundial -, os trabalhadores cruzaram os braços e permaneceram dessa forma durante as festividades oficiais do evento.

Alguns receberam a presença da presidente Dilma Rousseff, além de diversos políticos e personalidades. Porém, o ministro do Esporte, Orlando Silva, um dos maiores envolvidos com a organização, defendeu o movimento grevista com responsabilidade, lembrando que tem formação comunista.

fonte: André Casado


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