Começa hoje em Los Angeles o julgamento do médico pela morte de Michael Jackson

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A Corte Superior do condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, realizará nesta terça-feira (27) a primeira sessão do julgamento do médico Conrad Murray pela morte de Michael Jackson, 27 meses depois de o “Rei do Pop” ter morrido por uma overdose de remédios.

A audiência terá início às 8h45 locais (12h45 de Brasília) com as alegações iniciais de acusação e defesa, ao que seguirão as declarações de testemunhas.

Murray, de 58 anos e que era o médico pessoal do artista, foi acusado pela Promotoria de homicídio culposo e pode enfrentar uma pena de até quatro anos de prisão se receber um veredicto desfavorável.

Em uma audiência preliminar realizada em janeiro, o médico reivindicou sua inocência e se declarou inocente.

O coreógrafo Kenny Ortega, encarregado de dirigir os concertos “This is it”, que o cantor apresentaria em 2009, será o primeiro a subir ao palanque para depor, segundo o jornal “Los Angeles Times”.

Nesta terça, também dará seu testemunho Paul Gongaware, uma das pessoas que trabalhavam para a empresa que promovia os concertos, a AEG, e que será questionado sobre as conversas que manteve com Murray e Jackson.

Segundo o site “Radar Online”, os filhos maiores do Rei do Pop, Prince Michael e Paris, de 14 e 13 anos, respectivamente, pediram a sua avó e tutora, Katherine Jackson, que os permita depor no julgamento, que tem a previsão de durar cerca de cinco semanas.

Katherine não se mostrou afeita à ideia de expor as crianças ao processo judicial, embora os filhos de Jackson insistam em contar o que viram no dia em que seu pai morreu, segundo o site.

O julgamento, que terá um júri constituído de 12 pessoas, gerou uma grande expectativa midiática e será transmitido pelo programa especializado “In session”, através da emissora “TruTV”.

Na exposição inicial de seus argumentos, a Promotoria explicará que durante a investigação realizada após a morte de Jackson foram encontradas provas suficientes de que a má conduta de Murray levou o artista à morte.

Já a defesa do médico buscará semear a dúvida sobre a verdadeira participação de seu cliente na morte do artista e tudo aponta que tentará passar a imagem de Michael Jackson como um viciado em remédios cuja saúde estava muito debilitada.

Acredita-se que os advogados de Murray podem inclusive alegar que o próprio cantor teria administrado a dose do anestésico Propofol que, combinada com outros sedativos, teve um efeito letal.

Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009 vítima de uma intoxicação aguda de remédios, especialmente do anestésico de uso hospitalar Propofol, segundo determinou a autópsia.

Murray reconheceu que no dia em que Jackson morreu administrou no Rei do Pop sedativos para ajudá-lo a combater a insônia, incluindo o Propofol, que, segundo publicou a imprensa americana, o artista consumia de forma habitual.

O médico, no entanto, explicou que Jackson estava vivo após a aplicação dos medicamentos e alegou ter abandonado o quarto para atender uma ligação telefônica. Quando voltou, já teria encontrado Jackson desmaiado e sem pulso sobre a cama.

fonte: EFE


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