Após 10 anos de sua morte, Cassia Eller ganha documentário, livro e CDs

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Fevereiro de 2001. Um sítio na serra entre Teresópolis e Friburgo, região das mais bucólicas do Estado do Rio, para dúzias de músicos, produtores e técnicos. Três semanas entre definições de arranjos, filmagens e ensaios duas vezes ao dia – e também de cervejada, baralho, churrasco, pelada, videogame e bate-papo.

Era para ser uma concentração no estilo Copa do Mundo. Como o craque do time era Cássia Eller, o clima era o mais relaxado possível. Revisitar aqueles “dias incríveis”, como descreve Nando Reis, de “momentos inesquecíveis”, nas palavras do baterista João Viana, está nos planos do documentarista Paulo Henrique Fontenelle.

Ele se prepara para rodar um filme sobre aquela que é considerada a maior novidade entre as cantoras brasileiras surgidas nos anos 90.

As imagens de arquivo, como as do sítio, registros íntimos da preparação de Cássia e de sua banda para o Acústico MTV, que seria o CD mais rentável em 20 anos de carreira (1,1 milhão de cópias), estão na mão.

E também cenas do trajeto seguido pela cantora anônima de barzinho em Brasília até virar estrela de especiais de TV, presença explosiva nos palcos.

Você verá a mãe de Chicão, a companheira de Eugênia, a atriz, a Cássia Rejane da família itinerante (ela nasceu, floresceu e morreu no Rio, mas passou, na infância e juventude, por Belo Horizonte, Santarém, Brasília e São Paulo). No dia de hoje, faria 49 anos.

Em vez de sublinhar os dez anos de seu súbito desaparecimento – no dia 29, 19 depois dos 39 anos, ela sucumbia a um enfarte -, Fontenelle, um fã, mira no cinquentenário. O diretor ganhou Chicão e Eugênia, sua (legitimada pela justiça) mãe, com Loki – Arnaldo Baptista, seu premiado documentário de 2008.

“Eles desconfiaram do projeto no início, mas Loki ajudou, o Chicão gostou muito”, conta. “Estamos terminando a pesquisa de imagens, para roteirizar em janeiro. A família e os amigos enviaram bastante material, veio muito VHS mofado. O filme vai mostrar todas as facetas da Cássia. Todo mundo tem boa vontade de falar sobre ela.”

A ideia é voltar, com os mais próximos, a lugares que marcaram sua vida. Como a casa em que morou, no Recreio, ao chegar ao Rio, tentando emplacar, e o sítio do guitarrista Walter Villaça, na antiga Rio-São Paulo.

“Foram quase dez anos com ela. Com certeza vão surgir boas histórias no papo”, Villaça prevê.

fonte: Roberta Pennafort


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