O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam), Norival de Almeida Silva, afirmou na manhã desta quinta-feira (8) que está encerrado o protesto contra a ampliação da restrição da circulação de caminhões na Marginal Tietê e nas vias do Minianel Viário.

Segundo Silva, desde a tarde desta quarta (7) os caminhões têm deixado as bases de distribuição carregados normalmente.

“Entre hoje [quinta-feira] e amanhã o abastecimento deve estar normalizado. Os caminhoneiros estão trabalhando 24 horas por onde a gente pode andar sem restrição”, declarou Silva, por telefone, ao G1.

“Desde o início, nós tínhamos a pretensão que o protesto durasse três dias. Nosso objetivo era mostrar que o São Paulo precisa dos caminhões. Nós não imaginávamos que o mercado estava tão desabastecido e que nós veríamos tantos postos sem combustível”, afirmou.

Desde terça-feira (6), um gabinete de gerenciamento de crise começou a funcionar a fim de garantir a entrega de gasolina, diesel e álcool para serviços essenciais na capital e na Grande São Paulo. Longas filas se formaram nos postos e a gasolina chegou a ser vendida a quase R$ 5.

Quando questionado sobre a necessidade de escoltas da Polícia Militar uma vez que a categoria já teria retomado as suas atividades, Silva afirma que o apoio trata-se apenas de uma precaução.

“A presença da PM é para evitar que haja vandalismo”. De acordo com a Polícia Militar, durante a madrugada, não houve incidentes relacionados ao protesto dos caminhoneiros.

Na manhã de quarta-feira, o sindicato fez um apelo para que a categoria retomasse o trabalho. As escoltas, porém, foram mantidas pela polícia devido a piquetes organizados por caminhoneiros perto de uma base de distribuição na Avenida Presidente Wilson, na Zona Sul da capital.

Na segunda-feira (5), a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começou a multar os caminhões que trafegassem pela Marginal Tietê e 27 vias do Minianel Viário. Eles estão proibidos de trafegar nessas vias, de segunda a sexta, das 5h às 9h e das 17h às 22h e, nos sábados, das 10 às 14h.

fonte: Letícia Macedo