Após medida tomada pelo Banco Central, dólar sobe 1%

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O Banco Central resolveu intervir no mercado nesta sexta-feira (18), dia em que, pela primeira vez desde o início da escalada mais recente do dólar, a taxa oficial de câmbio – chamada de Ptax – foi estabelecida acima de R$ 2.

Calculada no início da tarde pela média simples de quatro coletas junto às mesas de operações durante a manhã, a Ptax ficou em R$ 2,0095, com alta de 0,61%.

É a primeira vez que o câmbio oficial fica acima de R$ 2 desde 10 de julho de 2009, quando a taxa foi de R$ 2,0147.

A atuação do Banco Central aconteceu perto do horário habitual de encerramento dos negócios.

Naquele momento, o dólar à vista estava ao redor da máxima do dia, que foi de R$ 2,057. Como a operação equivale a uma venda de dólares, a taxa cedeu.

Ao final do pregão, o dólar à vista estava em R$ 2,020 (+1,05%) no balcão e na BM&F (+1,14%). Pouco depois das 17 horas, o dólar junho valia R$ 2,020 (+0,20%).

No leilão, o BC vendeu integralmente o lote ofertado, de 13 mil contratos de swap cambial tradicional. A venda corresponde a US$ 654,3 milhões e anula o vencimento de swaps cambiais reversos do próximo dia 1º de junho, segundo operadores.

De acordo com o BC, os papéis foram vendidos com taxa nominal negativa de 22,1492 e linear também negativa de 21,271, o que demonstra a forte demanda pelos contratos. A taxa de corte ficou em 70%.

Segundo operadores, a ação do BC aconteceu frente à forte volatilidade que as cotações demonstraram no pregão desta sexta. Entre a mínima de R$ 1,996 e a máxima de R$ 2,057 no mercado à vista de balcão, o dólar variou 3,06%.

O dólar junho oscilou entre R$ 1,9985 e R$ 2,0635, o que representa 3,25%. “O BC atuou para dar liquidez a quem precisava e para evitar que essa variação brusca se repita”, disse um experiente profissional de câmbio.

A percepção desse operador e de outros profissionais ouvidos pela Agência Estado é que a Ptax acima e R$ 2 detonou a liquidação de operações estruturadas envolvendo derivativos de dólar, o que potencializou a pressão de alta do dólar e a volatilidade.

Por trás disso, o mercado encontrou fôlego para puxar o dólar, mais uma vez, no cenário internacional.

As preocupações com a Europa continuam aumentando. Ao longo do dia, foram realimentadas por mais uma onda rebaixamento de bancos pelas agências de classificação de risco. À tarde, também houve rumores de que a Grécia poderia fazer um referendo sobre o euro.

O mercado reagiu mal, ainda, à demora para o início de negociações com ações do Facebook.

A ansiedade dos investidores era grande e, diante de um atraso de 30 minutos, as bolsas internacionais passaram a operar no negativo, afetando a Bovespa e ajudando a levar o dólar para cima, no início da tarde. Essa influência, porém, foi pontual.

fonte: Agência Estado


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