Especialistas dão dicas de como se livrar das olheiras
Declaramos guerra contra as olheiras. É claro que é possível sim ser bela e charmosa com elas. Que o digam a cantora Maysa, a modelo Ana Beatriz Barros, as atrizes Maria Fernanda Cândido, Fernanda Torres e a musa dos modernistas Pagu. Mas, após dois de nossos soldados aqui da redação reclamarem que a inimiga andava atormentando, resolvemos ir a campo em busca de munição para o combate.
Como aliados, contamos com uma dermatologista, uma nutricionista, uma acupunturista e um maquiador. Enfim, buscamos agir em todas as frentes.
A dermatologista Doris Hexsel, professora da PUC-RS, explica que as olheiras, em geral, começam a aparecer na puberdade. Mas, é na vida adulta que o problema chega aos consultórios dermatológicos, como uma das queixas mais frequentes, acometendo tanto homens como mulheres.
A análise do tipo de olheira vai ser determinante na definição do tratamento. De acordo com Doris, em muitos casos, o pigmento (melanina) é o fator preponderante. Esse é o caso de pacientes que apresentam olheiras escuras, amarronzadas.
O componente vascular também deve ser considerado porque, como a pele desta região é mais fina, os pequenos vasos ficam mais visíveis.
Em outros casos, as olheiras ficam mais evidentes por conta da sombras da profundidade do sulco nasojugal ou pelo aumento das bolsas de gordura palpebrais.
– Se o fator principal (ou associado) for melanina, podemos usar cremes e procedimentos que despigmentem a pele, como cremes clareadores, Luz Intensa Pulsada, lasers fracionados ou mesmo peelings químicos.
Já nos casos de vasos, alguns podem ser melhorados pela Luz Intensa Pulsada e lasers específicos.
E, nos casos de sulcos profundos, os prenchimentos com ácidos hialurônicos dão resultados positivos, mas devem ser feitos por profissionais experientes.
Já as bolsas de gordura podem ser retiradas cirurgicamente – explica Doris, ressaltando que se houver mais de um fator preponderante pode ser feita uma combinação de tratamentos.
Segundo a especialista, a trincheira mais difícil é a de olheiras causadas por vasos, pois algumas pacientes melhoram muito e outras melhoram pouco. Os resultados com Luz Intensa Pulsada também são variáveis de uma pessoa para outra.
Além disso, a acupuntura pode ser uma forte aliada no caso de olheiras não-crônicas. Criadora da técnica Fuka de acupuntura, Regina Fuka trata o problema em seu consultório há quase 15 anos.
A micro-sangria causada pelos mais de mil micro-furos em todo o rosto libera as toxinas e estimula a circulação energética e sanguínea.
– Ao final da consulta já é possível ver o resultado. Reduz as bolsas sob os olhos e suaviza a cor da pele na região das olheiras – explica.
As olheiras podem atacar ainda em função de fatores e desequilíbrios orgânicos, como noites mal dormidas, excesso de sol, alteração hormonal, medicamentos, envelhecimento, cansaço extremo.
E, até mesmo, por alergias à proteína láctea. Ou seja, quem gosta de queijos, leite, iogurte e afins deve ficar atento.
– A inflamação crônica acaba promovendo uma alta concentração de melanina em decorrência do congestionamento dos vasos capilares em torno dos olhos. Quando o sangue passa pelas veias maiores perto da superfície da pele pode produzir uma cor azulada. E, quanto mais transparente for a pele, uma característica hereditária, mais escura será a aparência das olheiras – explica a nutricionista Patricia Davidson Haiat.
A velha tática de colocar bolsas de chá de camomila ou pepino ao redor dos olhos pode ser eficaz momentaneamente.
É como ganhar uma batalha e não a guerra. De acordo com Patricia, essas estratégias promovem o desinchaço, pois diminuiem a dilatação dos vasos, mas só funcionam se o problema for causado por estresse, noites mal dormidas e outras causas mais agudas, onde não há alteração da coloração da pele.
Para reforçar a artilharia vale ainda fazer uso dos rolinhos (tipo skin coolers) e das máscaras para resfriar a pele, ferramentas que contribuem para o edema ceder, mas o efeito também é apenas imediato:
– Se as olheiras estiverem “inchadas” por gordura, só a cirurgia. Mas se for por uma noite mal dormida esses coolers resolvem – afirma Doris.
A camuflagem é outra arma poderosa para um resultado provisório. O melhor disfarce vai depender do corretivo certo, explica o hairstylist Ronaldo Alonso, do HBD Spa.
Ele classifica as olheiras em quatro tipos, que vão determinar a cor do corretivo a ser usado:
– Nas escuras, deve-se aplicar um corretivo de tom mais claro do que a base que a pessoa usa no rosto. Já no caso das olheiras roxas e profundas, o corretivo de tom amarelo é o mais indicado. Olheiras profundas de fundo esverdeado, comuns em orientais e árabes, podem ser corrigidas com um corretivo ou base de fundo avermelhado. Já as mulheres negras devem colocar base na cor da pele, já que é muito difícil achar o corretivo para pele negra.
E não adianta usar muita munição pois o tiro pode sair pela culatra. Alonso explica que o acúmulo de produto realça em vez de disfarçar as olheiras. Usar sombra clara nas pálpebras superiores e passar um iluminador na parte de baixo também são armas secretas que podem, e devem, ser usadas.
Com todo esse arsenal disponível, vai ser difícil ter olheira que resista.
fonte: http://ela.oglobo.globo.com/
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