Congonhas abre para pousos, após quase quatro horas de atraso
O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, abriu para pousos às 9h41 desta segunda-feira (25), com quase quatro horas de atraso. As operações não eram realizadas desde o início do funcionamento do aeroporto, às 6h, devido à neblina que atinge a Grande São Paulo.
A grande quantidade de passageiros aguardando voos fez com que a sala de embarque fosse fechada pouco antes das 10h. Mesmo com a abertura, pousos e decolagens eram realizados com o auxílio de instrumentos.
No saguão, o sistema de som alertava os passageiros sobre o fechamento da sala de embarque. Sem o pouso de aeronaves, não é possível realizar novas decolagens, o que faz com que haja um acúmulo de pessoas aguardando seus voos.
Segundo balanço divulgado pela Infraero às 10h40, 12 partidas foram canceladas nesta manhã e 42 sofreram atrasos – no horário, todos os voos previstos estavam com atrasos. Entre as chegadas, 27 foram canceladas e uma reprogramada.
Enquanto Congonhas esteve fechado, 14 voos foram desviados para outros aeroportos: Viracopos, em Campinas, Ribeirão Preto e Galeão, no Rio de Janeiro.
Passageiros que enfrentavam mais um dia de atrasos e cancelamentos fizeram um protesto utilizando nariz de palhaço. O publicitário Bruno Flores e o advogado Sílvio Danello, ambos de 24 anos, aproveitaram os itens que estavam na bagagem e fizeram um protesto enquanto aguardavam na fila para o check in da Gol em Congonhas.
Os amigos, que passaram o fim de semana na capital paulista, seguiriam para o Rio de Janeiro às 10h, mas 9h ainda não tinham previsão de embarque.
“Não é um protesto contra a companhia aérea, mas pela falta de infraestrutura aeroportuária brasileira”, disse Flores.
“Com o nariz de palhaço podemos expressar nosso real sentimento”, disse Danello, que tem um compromisso no Rio às 11h30.
“Não é possível que um dos maiores aeroportos do Brasil, em um dia de neblina, não tenha uma opção de escoamento. Eu tenho que estar no Rio de Janeiro ao meio-dia. Meu chefe está me esperando”, declarou Flores.
A gerente financeira Claudia de Souza Silva, de 46 anos, que mora Rio de Janeiro, não estava disposta a esperar e foi até o aeroporto para trocar o seu bilhete.
“Meu voo estava previsto para as 10h30. Eu decidi deixar para embarcar amanhã. Eu tenho onde ficar e posso trabalhar em casa graças à tecnologia”, disse.
Ela criticou, no entanto, a necessidade de ir até o aeroporto em um dia complicado como esta segunda apenas para trocar o seu bilhete. “Se eles disponibilizassem esse serviço por telefone ou por internet, as pessoas não precisariam vir até aqui para resolver esse tipo de problema.”
No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, pousos e decolagens eram feitos com o auxílio de instrumentos desde a madrugada. Dois voos foram desviados para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Entre 0h e 10h, das 72 partidas programadas cinco foram canceladas e 14 sofreram atrasos.
fonte: G1
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