Polícia de SP investiga se morte de universitária foi vingança
A Polícia Civil de São Paulo investiga se a universitária Lore de Santana Vaz, encontrada degolada nesta quinta-feira (13), dentro de um carro em Santo André, no ABC, foi vítima de vingança.
Entre as hipóteses que o setor de homicídios da Delegacia Seccional da cidade trabalha para explicar o assassinato da estudante de 26 anos está a possibilidade de que o crime contra ela tenha sido passional.
O que sustenta essa tese é o fato de a morte ter sido violenta – ela teve o pescoço e a orelha cortados, como se alguém tivesse raiva dela, segundo a polícia. A motivação para o assassinato também é apurada.
Pelo menos três homens teriam participado do crime segundo infomaram ao G1, neste sábado (15), policiais que participam da investigação.
Câmeras de segurança gravaram o momento que dois homens deixaram o automóvel onde Lore estava e fugiram em outro veículo guiado por mais um suspeito.
As imagens estão sendo analisadas pela polícia, que tenta identificar os suspeitos. As cenas ainda não foram divulgadas para a imprensa.
No boletim de ocorrência do caso ficou confirmado que foram levados o telefone celular e o aparelho de som do Fiat Uno cinza onde ela estava.
O veículo foi abandonado na Rua Andradina, Vila Príncipe de Gales, às 22h14 de terça-feira (11).
Apesar de os criminosos terem levados os pertences de Lore, o delegado Paulo Dionísio, que investiga o caso, chegou a dizer aos jornalistas nesta semana que a hipótese dela ter sido vítima de roubo seguido de morte não está descartada, mas que é pouco provável.
Até este sábado nenhum dos três suspeitos pelo crime havia sido identificado pela investigação.
Mensagem
Antes de morrer, Lore Vaz, que trabalhava como promotora de eventos, havia escrito no dia 29 de agosto “Coração muito apertado e triste…” no Facebook.
As outras mensagens postadas por ela na sua página pessoal na internet, bem como um notebook, uma agenda e um pen drive que estavam no carro abandonado deverão ser periciados pela Polícia Técnico-Científica.
Os peritos analisarão se os recados têm alguma relação com o desaparecimento da mulher na terça-feira e a localização do corpo dela, na quinta.
A vítima era divorciada e tinha um filho de 10 anos, fruto do casamento com o ex-marido. Atualmente namorava Vinícius Cândido Teixeira.
Em entrevista à TV Globo nesta semana, ele contou que Lore não tinha inimigos e nem relatou ter recebido ameaças. Mesmo assim, o homem, que prestou depoimento na delegacia também acredita na tese da polícia, de que a mulher não foi morta num assalto.
Além dele, mais três pessoas ligadas à promotora foram ouvidos: a mãe da vítima, uma cunhada e o ex-marido dela. Eles contaram que Lore tinha “uma personalidade forte”.
Degolada
A universitária foi encontrada morta com um corte no pescoço e um ferimento na orelha dentro do carro do pai do namorado, na manhã de quinta-feira.
Vinícius Teixeira havia dito que o veículo era usado por sua namorada eventualmente e que ele dormia na casa dela nas quartas.
Lore trabalhava na campanha de uma candidata a vereadora e cursava administração na União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp), em São Caetano do Sul, no ABC. Ela havia sido vista pela última vez na faculdade, voltando para sua casa, em Santo André.
“Dez e meia [22h30 de quarta] eu estranhei que ela não tinha ligado ainda, que ela costumava ligar para abrir o portão para ela e aí eu peguei e liguei para ela para tentar entrar em contato. A princípio, chamou e ninguém atendeu e a partir da segunda ligação só dava caixa postal o número. Aí, começou a bater o desespero”, disse Teixeira.
fonte: Kleber Tomaz
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