Palmeiras tem 92% de risco de ser rebaixado e Flamengo, 15%
Os números se mostram cruéis com o Palmeiras no Campeonato Brasileiro.
Segundo o matemático Tristão Garcia, conhecido pelas projeções em competições esportivas, o Verdão tem um caminho complicado na briga contra o segundo rebaixamento de sua história. Principalmente por acumular mais jogos fora de casa do que dentro nesta reta final de torneio.
O Verdão acumula 20 pontos em 25 rodadas disputadas. Ou seja, até aqui, a equipe ganha uma média de 0,8 ponto por jogo.
Considerando-se que a “pontuação ideal” para escalar da degola seja de 46 pontos, o Palmeiras precisaria fazer 26 nas 13 rodadas restantes, necessitando, portanto, aumentar sua média para dois por jogo. Hoje, apenas o líder Fluminense e o vice Atlético-MG apresentam tal desempenho.
– Para não depender dos outros, o Palmeiras teria de fazer 26 pontos em 13 jogos, uma média de dois pontos por partida. Isso é média de campeão. Mesmo que não precise desta quantidade que estamos projetando, o time precisaria ter rendimento de quem disputa vaga para a Libertadores. É difícil pensar que, de uma hora para outra, a equipe melhore tanto – analisou Tristão.
Os quatro clubes que ocupam a zona de rebaixamento (Sport, Figueirense, Palmeiras e Atlético-GO) têm probabilidades bem superiores em comparação aos “vizinhos” da degola, Flamengo e Coritiba.
A explicação, para o matemático, é simples: com um jogo a menos na tabela e mais partidas em casa do que fora a serem disputadas, as chances de o time carioca de se manter na primeira divisão se tornam maiores.
– O Flamengo tem oito jogos em casa e seis fora. Isso faz muita diferença. O rebaixamento está encaminhado para que sejam mesmo os quatro que atualmente estão na zona. A tendência é que o time sempre pontue como mandante, seja vencendo ou empatando. No fim, cada ponto ajuda para separar quem se salva de quem cai – explicou Tristão.
A partida que deixou apenas Flamengo e Atlético-MG com um jogo a menos em relação a todos os outros times do Brasileirão é válida pela 14ª rodada.
Devido às más condições do gramado do estádio do Engenhão, o confronto foi remarcado para o dia 26 de setembro, quarta-feira, às 21h, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Do lado palmeirense, o exemplo do Fluminense, em 2009, é o maior incentivo. No Brasileirão daquele ano, o Tricolor iniciou sua reação na 32ª rodada: com seis vitórias consecutivas, assegurou a permanência na elite nacional após empate com o Coritiba fora de casa. À época, o risco de a equipe ser rebaixada era avaliado em 92%.
Outro time que “driblou” a matemática do rebaixamento foi o Grêmio de 2003. Após permanecer na lanterna do campeonato até quatro rodadas para o fim, o Tricolor Gaúcho engatou série de invencibilidade e se manteve na primeira divisão após vencer o Corinthians por 3 a 0 no estádio Olímpico.
Tristão Garcia, porém, insiste: os fatos em questão são exceções à regra. O matemático diz não duvidar da capacidade do Palmeiras enquanto grande instituição do futebol brasileiro, mas alerta: se tudo ocorrer de acordo com o esperado, o Verdão jogará simultaneamente a Libertadores da América e a segunda divisão no ano que vem.
– O Palmeiras pode fazer isso, se salvar? É claro que pode. O clube é gigante, tem tradição e não se pode duvidar. O Fluminense conseguiu em 2009, o Grêmio já havia conseguido em 2003… Mas não podemos tomar isso como regra. É complicado. O rebaixamento, hoje, é a realidade – esclareceu.
fonte: GLOBOESPORTE.COM
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