Dólar fecha abaixo de R$ 3,50, menor valor em mais de 7 meses

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Dólar fecha abaixo de R$ 3,50, menor valor em mais de 7 meses

Moeda norte-americana terminou o dia em queda de 2,83%, a R$ 3,4946.
BC intensificou sua atuação no mercado, mas com poucos efeitos.

O dólar fechou em queda de mais de 2% nesta segunda-feira (11), abaixo de R$ 3,50, na menor cotação desde agosto do ano passado, mesmo após rara atuação tripla do Banco Central para sustentar as cotações, refletindo a euforia do mercado com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, destaca a agência Reuters.

A moeda norte-americana recuou 2,83%, a R$ 3,4946, menor cotação de fechamento desde 20 de agosto passado (R$ 3,4596) e maior queda diária desde 24 de setembro de 2015 (-3,73%). Veja a cotação do dólar hoje.

A última vez que o dólar tinha fechado abaixo de R$ 3,50 foi no dia 21 de agosto de 2015, quando terminou o pregão a R$ 3,496.

Em apenas duas sessões, a queda acumulada da moeda norte-americana foi de 5,39%. No mês de abril, o dólar acumula queda de 2,83%. No ano, a divisa já recuou 11,5%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,79%, a R$ 3,5681.
Às 9h49, queda de 0,88%, a R$ 3,5647.
Às 9h59, queda de 1,01%, a R$ 3,5569.
Às 10h09, queda de 1,38%, a R$ 3,5467.
Às 10h49, queda de 2,28%, a R$ 3,5145.
Às 12h, queda de 1,768%, a R$ 3,5329.
Às 12h50, queda de 2,18%, a R$ 3,5181.
Às 13h50, queda de 2,02% a R$ 3,5237.
Às 14h10, queda de 1,94%, a R$ 3,5266.
Às 14h49, queda de 2,68%, a R$ 3,4998.
Às 16h10, queda de 2,56%, a R$ 3,504.

“A semana promete trazer grandes emoções”, resumiu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva à Reuters, citando a votação do parecer sobre o impeachment e, possivelmente, a apreciação do tema no plenário da Câmara no fim da semana.

O próprio governo prevê que será derrotado na votação na comissão do impeachment, marcada para começar as 17h, e tem concentrado seus esforços em angariar votos no plenário da Casa.

Levantamentos mostrando que estaria crescendo a adesão dos deputados à campanha pelo afastamento de Dilma têm sido bem recebidos no mercado, que entende que a manobra poderia ajudar a trazer de volta a confiança no Brasil.

O bom humor levou investidores a deixarem de lado pesquisa do Datafolha mostrando redução do apoio popular ao impeachment.

Nos mercados externos, dados sobre a inflação chinesa alimentaram expectativas de que Pequim deve manter seus estímulos monetários, aumentando a demanda por ativos de maior risco. O movimento dava continuidade ao bom humor que prevaleceu na sexta-feira, depois de vários dias de intensa aversão a risco.

Intervenção do BC
Diante da forte queda do dólar sobre o real, o BC intensificou sua atuação no mercado, mas com poucos efeitos.

Após vender apenas 7,7 mil dos 20 mil swaps reversos em leilão na primeira hora da sessão, a autoridade monetária anunciou ainda para esta manhã outra oferta de 12,3 mil contratos, equivalente aos não vendidos. Essa segunda estapa não estava sendo normalmente feita.

No entanto, também vendeu parcialmente a oferta na segunda operação, colocando ao todo 12,7 mil novos swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares.

Além disso, o BC vendeu apenas 4 mil swaps tradicionais –que correspondem à venda futura de dólares– na oferta de até 5,5 mil contratos para rolagem do lote do mês que vem, após vender a oferta integral em todos os leilões de rolagem feitos neste mês.

Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 1,804 bilhão, ou cerca de 17% do lote total, que corresponde a US$ 10,385 bilhões.

O BC tem reduzido rapidamente nas últimas semanas seu estoque de swaps tradicionais, hoje equivalente a pouco mais de US$ 100 bilhões, que tende a gerar custos para o BC quando o dólar sobe.

Fonte: G1/Economia


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