Ministro admite que governo Temer está preocupado com impeachment

Ministro admite que governo Temer está preocupado com impeachment

Ministro admite que governo Temer está preocupado com impeachment

Eliseu Padilha, da Casa Civil, confirmou que o Planalto não está certo de que terá os 54 votos necessários para o impeachment

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, reconheceu nesta quinta-feira (2) que há no governo interino a preocupação com a necessidade de garantir os 54 votos para o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Ele admitiu também que o presidente em exercício Michel Temer tem conhecimento de algumas manifestações de senadores indecisos ou que poderiam votar contra o impeachment. O ministro também destacou que, como ainda falta tempo para a votação, serão ouvidas “muitas manifestações”.

Padilha afirmou que o Palácio do Planalto está acompanhando as declarações e que pela sua experiência de “décadas de convivência” no Congresso Nacional há “muitas variáveis” até a decisão final. Segundo ele, em deliberações deste porte, “uma hora antes da votação é quase uma eternidade”. Ele também afirmou que o governo vai ouvir muitas manifestações que, em tese, “não estávamos esperando que acontecessem.”

O chefe da Casa Civil também declarou que, por mais que mudanças de opinião possam ter ocorrido, a Câmara e o Senado têm respeitado até agora o desejo da população brasileira. “O que a nação quer, o Congresso acaba fazendo. E eu não tenho dúvida de que não houve mudança na sociedade brasileira no que diz respeito a esse tópico”, afirmou.

Segundo Eliseu Padilha, para todas as partes envolvidas há o interesse que o processo de impeachment seja resolvido o quanto antes. “Se consultássemos cada cidadão, ele diria que quer, sim, definir logo o processo e que este período de transitoriedade do governo Temer acabe”. De acordo com ele, o Planalto está, sim, interessado “que esse processo seja resolvido o mais breve possível.”

Sobre as declarações dadas na quarta-feira (1º) pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP) de que Temer poderia fazer uma reforma ministerial caso seja confirmado o afastamento de Dilma, o ministro observou que as falas feitas pelo presidente em exercício para o parlamentar estavam dentro de um contexto e reforçou que Temer tratou especificamente do Ministério do Desenvolvimento Agrário – extinto na posse interina dele –, algo que ele “pode rever, o que não significa dizer que vai.”

Afago à base
Assim como o presidente interino fez mais cedo, Eliseu Padilha voltou a declarar que a base de sustentação do governo está correspondendo “plenamente” às expectativas, dando celeridade aos projetos importantes. Segundo o ministro, existe a convicção de que há “base política para fazer as mudanças que temos que fazer.”

Também presente na coletiva, o titular temporário do Planejamento, Dyogo Oliveira, também destacou o apoio do Congresso para a aprovação de matérias econômicas importantes. “Temos boas perspectivas para aprovação de novas medidas que serão enviadas”, disse.

Fonte: Último Segundo/Política/Estadão


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