Irã executa cientista nuclear por ter revelado informações para os EUA
Corpo retornou para a família com marcas de corda, o que sugere que ele teria sido enforcado; cientista recebeu dinheiro e abrigo pelas informações
O cientista nuclear iraniano Shahram Amiri foi executado por divulgar informações secretas para os Estados Unidos, informou um porta-voz do judiciário do país. Segundo informações da mídia local, o corpo do cientista retornou para sua família com marcas de corda, o que sugere que ele foi enforcado. A informação, no entanto, não foi confirmada.
“Shahram Amiri teve acesso à segredos militares confidenciais e estava conectado com o inimigo número um, chamado de o Grande Satã”, disse o porta-voz, utilizando um nome pejorativo dado pelos iranianos aos Estados Unidos. “Ao estabelecer contato com os Estados Unidos, Amiri deu informações vitais de seu país para o inimigo”.
O caso
O cientista havia desaparecido em 2009, após fazer uma peregrinação para a Arábia Saudita. Ele reapareceu em 2010 nos Estados unidos em vídeos sobre sua captura. Em um destes vídeos, Amiri dizia que foi capturado pela CIA e pela inteligência saudita e levado para os Estados Unidos.
Segundo autoridades norte-americanas, ele recebeu US$ 5 milhões e a permissão de ficar nos Estados Unidos em troca de cooperação. Caso voltasse ao Irã, seria executado. O governo iraniano, no entanto, alegou que o cientista era mantido contra sua vontade. A então secretária de estado, Hillary Clinton, disse que ele era livre para ir embora. Naquele ano, Amiri voltou para o Irã, mas pessoas dizem que a volta ocorreu pois sua família era ameaçada pelo governo iraniano.
Em 2015, o Irã fechou um acordo com as seis maiores potências mundiais, incluindo os Estados Unidos, para limitar suas atividades nucleares e permitir um monitoramento estrangeiro. Em troca, as sanções internacionais seriam retiradas. Autoridades iranianas dizem que o programa nuclear é pacífico e para geração de energia, e que nunca houve intenção de produzir armas. Fonte: Dow Jones Newswires
Fonte: Último Segundo/Mundo/Estadão
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