Facção comanda série de ataques no Acre e governo aciona Exército
Grupo criminoso liderou ao menos 11 ataques durante a madrugada em Rio Branco, capital do Estado; ação seria represália após a morte de um suspeito
O governo do Acre acionou o Exército e a Polícia Federal para se somar à Polícia Militar e à Polícia Civil no combate à facção criminosa que provocou uma noite de terror em Rio Branco, capital do Estado, na madrugada desta quarta-feira (17).
Ao todo, 11 pontos foram alvos dos criminosos. A facção conseguiu incendiar a sede do Patrimônio Histórico de Rio Branco, uma delegacia, o Clube dos Oficiais dos Bombeiros e uma colheitadeira de arroz (esta no interior, no município de Sena Madureira).
A ordem para a sequência de atos de terror partiu de dentro do presídio estadual Francisco D’Oliveira Conde, onde um grupo criminoso regional mantém o controle de parte do tráfico e dá ordem para assassinatos no Acre.
A Polícia Civil conseguiu evitar que todo o planejamento da quadrilha tivesse sucesso porque houve monitoramento dos telefones celulares durante oito meses.
“Existe a possibilidade de transferência de presos”, afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias. “A ação integrada com forças federais será forte e dentro da lei. Acima da lei, aqui no Acre, nada é permitido e nada será permitido. A resposta será dura.”
Na manhã desta quarta-feira, três pessoas envolvidas nos crimes foram presas. Foram apreendidos 115 quilos de maconha com os suspeitos.
A sequência de ações, afirma a polícia, é uma represália em decorrência da morte de um jovem que fazia parte do grupo criminoso. A morte ocorreu na tarde de terça-feira (16), após o rapaz tentar fugir durante um assalto a uma residência na periferia de Rio Branco.
Rio Grande do Norte
Os crimes em série liderados pela facção em Rio Branco ocorridos na madrugada desta quarta-feira remetem aos ataques realizados no início deste mês em Natal, no Rio Grande do Norte. Na manhã desta quarta-feira, o governador do Estado, Robinson Faria (PSD), confirmou que solicitou o reforço de cerca de 1.200 homens da Força Nacional para atuar no Estado, em substituição ao efetivo das Forças Armadas, que deve deixar o RN no dia 23. Uma das preocupações é garantir a continuidade da instalação de bloqueadores de sinal de celular nas unidades prisionais.
Fonte: Último Segundo/Brasil/Com informações do Estadão Conteúdo
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