Atentado terrorista em casamento matou 22 crianças na Turquia

Atentado terrorista em casamento matou 22 crianças na Turquia

Atentado terrorista em casamento matou 22 crianças na Turquia

De acordo com autoridades do país, o ataque teve traços do grupo terrorista Estado Islâmico; o ataque foi realizado por um menino-bomba de 12 anos

Pelo menos 22 vítimas das 53 que morreram durante o atentado a bomba em um casamento na cidade de Gaziantep, no sul da Turquia, eram crianças com menos de 14 anos, informou uma autoridade que não pôde ser identificada, pois não estava autorizada a falar com a imprensa. O ataque foi realizado por um menino-bomba de 12 anos.

O ataque deixou mais de 100 pessoas feridas e foi o mais cruel neste ano. De acordo com autoridades da Turquia, o ataque teve traços do grupo Estado Islâmico.

As autoridades ainda estão tentando identificar a criança que realizou o ataque que, segundo o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, ela tem entre 12 e 14 anos.

O ministro de Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, disse nesta segunda-feira (22) que o seu país está determinado a lutar contra os extremistas do grupo Estado Islâmico tanto dentro da Turquia, quanto na Síria, e que a Turquia iria fornecer todo o tipo de apoio necessário para fazer uma “limpeza” dos extremistas na fronteira da Turquia com a Síria.

Atentado terrorista foi realizado pelo Estado Islâmico, afirma presidente turco

O presidente da Turquia, Recep Tayyip, Erdogan atribuiu o ataque ao grupo terrorista Estado Islâmico. A Turquia tem sido abalada por uma onda de ataques desde o ano passado reivindicados pelos rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou pelo Estado Islâmico.

Anteriormente, Erdogan afirmou que não havia “absolutamente nenhuma diferença” entre o Estado Islâmico, rebeldes curdos ou o movimento liderado pelo clérigo Fethullah Gulen, que vive nos Estados Unidos (a quem o governo turco atribui a tentativa de golpe do mês passado), classificando os três como terroristas. Gulen nega qualquer envolvimento com a tentativa de golpe.

Um porta-voz do Partido Democrata do Povo (HDP, na sigla em inglês), que apoia os curdos, condenou o ataque e também culpou o Estado Islâmico pelo atentado.

“Condenamos e amaldiçoamos aqueles que promoveram este ataque, assim como as forças e a ideologia por trás de suas ações”, disse o HDP em comunicado. O partido sugeriu ainda que o ataque teria ocorrido em reação aos planos do HDP de negociar um fim ao conflito de 3 décadas entre militantes curdos e forças do governo, anunciados horas antes do ataque.

Autoridades de todo o mundo condenaram o atentado. A chanceler alemã Angela Merkel declarou em telegrama de condolências enviado ao governo turco que a Alemanha continua do lado da Turquia na “luta contra o terrorismo”. “Uma vez mais, homens, mulheres e crianças inocentes são vítimas da violência covarde e pérfida. Condeno este ataque nos mais fortes termos”, declarou a chanceler no documento.

O embaixador dos EUA na Turquia também condenou o “ataque bárbaro” e prometeu que o país “continuará a trabalhar de forma próxima à Turquia para derrotar a ameaça comum (aos dois países) o terrorismo”. Os governos da Suécia, Grécia, França, Catar, Jordânia e Bahrein também condenaram o ataque.

O papa Francisco fez, nesse domingo, pela manhã, prece silenciosa pelas vítimas do ataque na Turquia, acompanhado de centenas de turistas e fiéis presentes na praça São Pedro, e pediu “a paz para todos”.

Fonte: Último Segundo/Mundo/Estadão


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