Furacão Matthew: sobe para 842 o número de mortos no Haiti

Furacão Matthew: sobe para 842 o número de mortos no Haiti

Furacão Matthew: sobe para 842 o número de mortos no Haiti

Cruz Vermelha lançou apelo pedindo ajuda imediata para 50 mil haitianos. Entidade busca U$ 7 milhões para providenciar os reparos necessários

Subiu para 842 o número de mortos causados pelo Furacão Matthew, que devastou o Haiti, a costa do Caribe e chegou na manha desta sexta-feira aos Estados Unidos, segundo autoridade norte-americana. O número pode ser ainda maior, já que muitas casas e bairros seguem inundados.
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O país do Caribe foi o mais devastado pelos ventos de 230km/h do furacão. Na última quinta-feira (6), a Cruz Vermelha lançou um apelo pedindo ajuda imediata para 50 mil haitianos após a passagem do maior furacão a atingir o Caribe desde 2007.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) busca cerca de US$ 7 milhões para providenciar ajuda médica, abrigos, água e saneamento durante o próximo ano para pessoas afetadas pelo furacão no país.
Houve também dezenas de mortes e destruição de prédios na República Dominicana, em Cuba e no Arquipélago das Bahamas. Nas Bahamas, cerca de 3 mil turistas só hoje começam a deixar o país. Até ontem, eles estavam impedidos de sair por causa do furacão.
EUA
Matthew chegou na manhã de desta sexta-feira (7) à costa da Flórida, com ventos de até 210 quilômetros por hora. Os ventos atingiram transformadores de energia elétrica, deixando 225 mil pessoas sem eletricidade. As autoridades estão divulgando sucessivos avisos para que as pessoas saiam das áreas de risco e procurem imediatamente abrigo.
O furacão é o mais forte dos últimos dez anos e o governador da Flórida, Rick Scott, até mudou o nome dele. Em vez de chamá-lo de Matthew, o governador está chamando o furacão de “monstro”.
Apesar de, nas últimas horas, os meteorologistas terem reduziram o seu potencial destruidor – que deixou de ser categoria 4 e passou a ser categoria 3 -, o furacão continua a ser um sério risco para a população dos estados da Flórida, da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte, principalmente porque vem associado com tempestades.

O governador da Flórida, Rick Scott, faz alertas sobre os perigos dessas tempestades. Dirigindo-se à população da costa da Flórida, ele deu a seguinte declaração: “Saiam do caminho dessa tempestade, porque infelizmente ela pode matar vocês”. As autoridades não estão apenas pedindo – mas sim dando ordens – para que os moradores abandonem suas casas. Só na Flórida, cerca de um 1,5 milhão de pessoas já saíram das áreas que potencialmente podem ser atingidas pelo furacão. Se somadas com os deslocamentos nos estados da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do norte, mais de 2 milhões de pessoas estão deixando ou já deixaram áreas de risco da Costa Leste dos Estados Unidos.
As principais rodovias da Flórida, da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do norte estão com filas enormes de congestionamento. Muitos postos de gasolina de cidades da costa desses estados estão sem combustível devido à grande procura pelo produto. Supermercados estão com as prateleiras vazias porque os moradores compraram grandes quantidades de comida e água para estocar. O furacão também está afetando o transporte aéreo dos Estados Unidos. De quarta-feira (6) até hoje, mais de 3.800 voos foram cancelados nos aeroportos de Miami, capital da Flórida, de Atlanta, capital da Geórgia, e de outras cidades norte-americanas.

O diretor do Centro Nacional de Furacões, Rick Knabb, em entrevista ao programa de televisão “Good Morning, America”, um dos mais assistidos nos Estados Unidos, disse que os prejuízos do furacão podem ocorrer também no interior e não apenas na costa atlântica. Ele fez um alerta aos moradores da Flórida, da Carolina do Sul, da Geórgia, e da Carolina do Norte, que vivem em áreas que estão no caminho do furacão, para que saiam imediatamente para outros cidades ou outros estados. Segundo ele, se demorarem, esses moradores correm perigo de morte, porque podem ser atingidos nesse processo de mudança pelas fortes tempestades previstas.

Fonte: Último Segundo/Mundo/ANSA


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