Mulher de Eduardo Cunha prestará depoimento a Sérgio Moro em novembro

Mulher de Eduardo Cunha prestará depoimento a Sérgio Moro em novembro

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Cláudia Cruz é investigada na Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por ser beneficiária de contas não declaradas na Suíça


O juiz federal Sérgio Moro marcou para dia 16 de novembro o interrogatório de Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cláudia será interrogada na ação penal em que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ela é acusada de ser beneficiária das contas atribuídas ao ex-deputado na Suíça.
Em junho, Moro recebeu denúncia apresentada pela força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato contra Cláudia Cruz e outros investigados que viraram réus. A denúncia é vinculada à ação penal a que Eduardo Cunha responde por não ter declarado contas no exterior.

Na semana passada, Moro decidiu dar prosseguimento à ação. Eduardo Cunha virou réu quando a ação ainda estava no Supremo Tribunal Federal. Com a perda do mandato, Cunha deixou de ter foro privilegiado e o processo foi enviado à Justiça Federal em Curitiba. O ex-deputado também responde pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Acusações
As investigações da Força Tarefa da Lava Jato apontaram que Cláudia Cruz tinha plena consciência dos crimes que praticava e é a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos (2008 a 2014).
O valor é totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido. Quase a totalidade do dinheiro depositado na Köpek (99 7%) teve origem nas contas Triumph SP (US$ 1.050.000,00), Netherton (US$ 165 mil) e Orion SP (US$ 60 mil), todas pertencentes a Eduardo Cunha.

As contas do ex-deputado escondidas no exterior eram utilizadas para, em segredo a fim de garantir sua impunidade, receber e movimentar propinas, produtos de crimes contra a administração pública praticados por Cunha. Por meio da mesma conta Köpek, a acusada também se favoreceu de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão que seu marido recebeu para “viabilizar” a aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.
Os recursos que aportaram na conta de Cláudia Cruz foram utilizados, por exemplo, para pagar compras de luxo feitas com cartões de crédito no exterior. Parte dos gastos dos cartões de crédito, que totalizaram US$ 854.387,31, foram utilizados, dentre outras coisas, para aquisição de artigos de grife, como bolsas, sapatos e roupas femininas.

Outra parte dos recursos foi destinada para despesas pessoais diversas da família de Eduardo Cunha, entre elas o pagamento de empresas educacionais responsáveis pelos estudos dos filhos do ex-deputado, como a Malvern College (Inglaterra) e a IMG Academies LLP (Estados Unidos). Cláudia ainda manteve depósitos não declarados às repartições federais na offshore Köpek em montante superior a US$ 100 mil entre os anos de 2009 e 2014, o que constitui crime contra o sistema financeiro nacional.
* Com informações da Agência Brasil
Fonte: Último Segundo/Política/Ig. São Paulo


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