Iraquianos conquistam Bartella, vilarejo cristão ocupado pelo EI

Iraquianos conquistam Bartella, vilarejo cristão ocupado pelo EI

Iraquianos conquistam Bartella, vilarejo cristão ocupado pelo EI

Após hastear a bandeira do país em igreja de Bartela, iraquianos seguirão ofensiva a Mosul, local em que há combate com e EI há seis dias

A bandeira do Iraque foi hasteada na igreja de Bartella, um dos principais vilarejos cristãos a poucos quilômetros a leste de Mosul, onde há seis dias ocorre uma ofensiva para libertar a cidade do Estado Islâmico (EI).

A conquista de Bartella foi confirmada pelo enviado especial da ANSA e sinaliza mais um progresso das forças iraquianas contra os jihadistas. A igreja fica na entrada do vilarejo, que está destruído pelos combates entre os militares e os terroristas.
Caças iraquianos e da coalizão internacional, apoiada por Estados Unidos e países ocidentais, bombardearam alvos do EI a apenas três quilômetros da igreja. Com o avanço das tropas em direção a Mosul, o Estado Islâmico aperta o cerco e tenta se manter ativo para demonstrar agressividade e assustar os militares. Ontem, o grupo terrorista executou 284 pessoas, incluindo crianças, de acordo com os serviços de inteligência do Iraque.
A 9ª divisão do Exército iraquiano lançou há poucas horas outra ofensiva para conquistar a cidade de Hamdaniyah, que fica a sudeste de Mosul. O município está praticamente desabitado, mas os jihadistas do EI colocaram vários obstáculos pela rota, como caminhões-bomba, atiradores e minas terrestes para impedir o avanço das tropas. Além disso, fontes locais relataram que os terroristas fizeram uma coluna de fumaça tóxica à base de dióxido de enxofre em vias de acesso a Mosul, colocando em risco a vida dos militares e dos civis.
Em Tall Kayf, vilarejo a 10 quilômetros a norte de Mosul, já foram registrados intensos confrontos desde ontem entre terroristas e combatentes peshmergas.

Contra-ataque
Em uma tomada surpresa, o Estado Islâmico invadiu ontem a cidade de Kirkuk, na tentativa de desestabilizar a operação iraquiana que segue para Mosul.
Desde o início da ofensiva contra o EI, no dia 17, este foi o mais sangrento dos combates. Foram necessárias 24 horas para que a polícia iraquiana retomasse o controle da cidade.
De acordo com o general Kattab Omer, todos os terroristas que estavam em Kirkuk foram mortos ou cometeram suicidio. Mas vários civis também morreram e ficaram feridas. Ao menos 13 pessoas foram mortas em um atentado do EI contra uma central elétrica, entre eles três engenheiros iranianos e um jornalista, Ahmet Haceroglu, da emissora Turkmeneli. Outras 15 mulheres morreram e 50 ficaram feridas em um bombardeio aéreo de autoria ainda desconhecida contra uma mesquita xiita ao sul de Kirkuk. “Muito provavelmente era um jet da avição iraquiana”, disse o prefeito Amir Khada Karam.
Mas as forças iraquianas tiveram o apoio de civis, que saíram às ruas armados para combater os terroristas, os quais se disfarçaram de militares, policiais e de agentes à paisana. O corpo de um dos terroristas mortos foi exibido em vídeos na internet gravados por civis iraquianos. “É um desafio contra o EI. Nós desafiamos Abu Bakr al-Baghdadi, todos deles. O EI pode chegar aqui com 2 mil homens que nós reagiremos”, disse um civil armado ao lado do cadáver.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, está em Bagdá para analisar o progresso da ofensiva de Mosul. Cuidadosamente plenajeada, a ofensiva militar para tirar o Estado Islâmico de Mosul é a mais importante já lançada pelo Iraque. O grupo terrorista conquistou Mosul em junho de 2014 e declarou a cidade como capital de seu califado.
Fonte: Último Segundo/Mundo/Ansa


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