Marco Feliciano afirma ter assinaturas para novo pedido de CPI da UNE
Deputado baseia pedido em reportagens que apontam suspeitas sobre convênios firmados entre a UNE e o Governo Federal de 2011 a 2014
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) anunciou nesta quarta-feira (26) que conseguiu reunir mais de 200 assinaturas de parlamentares, sendo 182 já autentificadas, para realizar novo pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara com o viés de investigar a União Nacional de Estudantes (UNE).
Feliciano baseia o pedido em reportagens que apontam suspeitas sobre convênios firmados pela UNE com o governo federal entre os anos de 2011 e 2014.
Um dos alvos dos parlamentares será o pagamento de R$ 44,6 milhões à entidade para a construção de uma sede no Rio de Janeiro. Segundo Feliciano, dois anos depois do repasse a obra ainda não foi finalizada e a UNE ficou com a posse de apenas duas salas.
“Não estamos afrontando para destruir a UNE. Não é perseguição política. Quem tem sofrido perseguição são os parlamentares. A UNE é comandada por um partido político, é um puxadinho da esquerda. A UNE tem que ser apartidária”, afirmou.
A CPI chegou a ser criada em maio pelo ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pouco antes do seu afastamento. Mas, em julho, no comando interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA) anulou a criação do colegiado, atendendo a uma questão de ordem de deputados de partidos da esquerda que afirmavam não haver justificativa para a CPI.
PSDB, PTB e PSC tentaram recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação da comissão, mas o ministro Ricardo Lewandowski, que presidia a Corte, negou o pedido afirmando que “a questão deveria ser resolvida politicamente pela Casa e não cabia intervenção do Judiciário”.
Escolas ocupadas
Feliciano ainda afirmou que no novo pedido, além da UNE, a CPI poderá investigar a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e o movimento de ocupações de escolas em todo o país que protesta contra a reforma educacional do ensino médio, defendida pelo atual governo.
Questionado sobre a não inclusão deste ponto no objeto da CPI, o deputado assegurou que esse braço da investigação está na justificativa do projeto. Para o político, isso já seria suficiente para permitir que esses outros casos sejam apurados pela comissão.
Feliciano ainda afirmou que há compromisso do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em colocar o pedido em votação. A expectativa, segundo ele, é que a CPI seja instalada até a segunda semana de novembro deste ano.
*Com informações da Agência Brasil
Fonte: Último Segundo/Politica/Ig. São Paulo
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