No último dia de prazo, escolas começam a ser desocupadas no Brasil
Ministério da Educação informa que irá cancelar o Enem nos locais que permanecerem tomados pelos manifestantes; exame será nos dias 5 e 6
No último dia do prazo dado pelo Ministério da Educação (MEC) para a desocupação das escolas onde haverá provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o número de locais tomado por manifestantes já teve redução significativa. Em algumas unidades de ensino, a saída foi voluntária, enquanto outras tiveram mandados de reintegração de posse.
No Paraná, Estado onde há mobilização mais intensa, 315 escolas permanecem ocupadas, de acordo com a Secretaria de Educação do governo estadual. No último dia 25, a pasta informou que o número havia chegado a 792. Na mesma data, o movimento Ocupa Paraná afirmou que quase 850 locais estavam tomados pelos estudantes. A organização dos protestos informou que 450 ocupações ainda estavam em andamento no início da manhã desta segunda-feira (31).
No Distrito Federal, os pontos tomados caíram de oito para sete. Além de escolas estaduais, também há ocupações em institutos e universidades federais.
Na semana passada, o MEC informou que iria cancelar o Enem nas escolas que permanecerem ocupadas até o dia 31. Nesta segunda-feira, a pasta confirmou o prazo e negou pedido dos estudantes para que o governo trocasse os locais de prova, como fizeram alguns dos tribunais eleitorais em razão do segundo turno do pleito municipal.
O Enem será aplicado em todo o Brasil no próximo fim de semana, nos dias 5 e 6 de novembro. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) informou que os participantes que não puderem fazer a prova em razão das ocupações terão de fazer em outra data, que ainda será definida.
O Inep destacou ainda que receberá na manhã desta terça-feira (1º) um relatório elaborado pelo Conselho Aplicador do Enem informando a situação atualizada dos 16.476 locais de prova e, com base nesse documento, fará uma lista dos locais onde o teste não poderá ser realizado na data prevista.
Protestos
Ocupar escolas foi a maneira encontrada pelos estudantes para protestar contra a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos do governo federal pelos próximos 20 anos. A medida já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e deverá ser aprovada pelo Senado ainda neste ano. Apesar das críticas dos oposicionistas, o Planalto garante que não haverá redução de investimentos em áreas como educação e saúde. Outro fato que motivou as manifestações é a reforma na grade curricular do ensino médio, anunciada em setembro pelo presidente Michel Temer.
Fonte: Último Segundo/Educação/EBC Agência Brasil
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