Bradesco tenta tomar Lamborghini de Collor

Bradesco tenta tomar Lamborghini de Collor

Bradesco tenta tomar Lamborghini de Collor

Veículo, avaliado em R$ 3,2 milhões, foi apreendido em uma das fases da Operação Lava Jato, mas foi devolvido ao parlamentar por decisão do STF

O Bradesco pediu nesta segunda–feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para apreender um carro Lamborghini Aventador que pertence ao senador Fernando Collor (PTC-AL). O veículo foi apreendido em uma das fases da Operação Lava Jato, mas foi devolvido ao parlamentar por uma decisão da Corte. O carro é avaliado em mais de R$ 3 milhões.
Ao Supremo, os advogados do banco explicaram que a empresa Água Branca, ligada ao senador, deixou de pagar as parcelas do financiamento do carro em junho deste ano. Segundo o banco, em 2014, Collor fez, por meio da empresa, um financiamento de R$ 1,6 milhão, que seria pago em 60 parcelas de R$ 39,3 mil. Como as parcelas deixaram de ser pagas, a instituição bancária recorreu à Justiça de São Paulo para tomar o carro, mas a decisão do STF impediu a apreensão da Lamborghini.
Lava Jato
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Collor de ter recebido pelo menos R$ 29 milhões em propina no período entre 2010 e 2014. Os recursos teriam sido repassados ilegalmente ao ex-presidente da República por causa de um contrato assinado entre a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e a empresa Derivados do Brasil (DVBR) para troca de bandeira de postos de combustível. As investigações são decorrentes da Operação Lava Jato.
A denúncia foi apresentada em agosto do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot e aditada em março de 2016, mas estava em segredo de Justiça. Entretanto, no dia 20 de outubro deste ano, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) retirou o sigilo. A acusação também dá conta de que Collor recebeu propinas em razão de contratos para construção de bases de distribuição de combustíveis firmados entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia.
Segundo a PGR, o senador integrou uma “organização criminosa relacionada à BR Distribuidora” destinada ao desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Janot cita que a quadrilha agia por influência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), legenda da qual o ex-presidente foi filiado até março.
Também são denunciados a mulher do parlamentar, Caroline, além de outras sete pessoas, incluindo um diretor da “TV Gazeta” de Alagoas, emissora afiliada à “TV Globo” e pertencente à Organização Arnon de Mello, de propriedade da família de Collor. O senador responde 30 vezes por corrupção passiva, 376 por lavagem de dinheiro e 48 por peculato.
Carros
Durante as investigações, a força-tarefa da Operação Lava Jato descobriu que o acusado teria comprado veículos de luxo para lavar o dinheiro obtido com a prática dos crimes. A frota do ex-presidente era composta por um Lamborghini, modelo Aventador Roadster, ano 2013/2014, avaliado em R$ 3,2 milhões; uma Ferrari modelo 458 Italia, ano 2010/2011 com valor estimado em R$ 1,45 milhão; além de um Bentley, uma Land Rover e um Rolls Royce. De acordo com a denúncia, os automóveis foram pagos ou financiados por meio de empresas de propriedade do senador, como a Gazeta de Alagoas e a TV Gazeta de Alagoas.
Embora os carros fossem destinados ao uso pessoal do parlamentar, foram registrados em nome da Água Branca Participações, empresa de ocultação patrimonial do ex-presidente. No caso do Bentley, acrescenta Janot, parte do valor foi pago por meio de transferências diretas da empresa Phisical Comércio Importação e Exportação, operada pelo doleiro Alberto Youssef. Os quatro carros de luxo foram apreendidos na residência do senador em julho de 2015, durante a Operação Politeia, um dos desdobramentos da Lava Jato.
Em outubro do ano passado, o ministro do STF Teori Zavascki atendeu a pedido da defesa de Collor e determinou que a Polícia Federal devolvesse uma Ferrari, uma Lamborghini, um Land Rover e um Bentley ao parlamentar, que deverá guardá-los sob a condição de fiel depositário. Os advogados de Collor alegaram que os carros de luxo precisam de cuidados especiais e não podem ficar no depósito da PF.
Fonte: Último Segundo/Política/Ig. São Paulo


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