Prefeito eleito em Osasco e mais dez vereadores são presos em operação do MP-SP
Nova fase da Operação Caça-Fantasmas, do MP-SP, cumpriu mandado de prisão preventiva contra Rogério Lins, prefeito eleito na cidade da Grande SP
O prefeito eleito em Osasco, Rogério Lins (PTN), que atualmente é vereador do município, teve o mandado de prisão preventiva expedido pela Operação Caça-Fantasmas. Outros 13 vereadores também são alvos de mandados de prisão preventiva na manhã desta terça-feira (6). De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, ao menos 11 parlamentares já foram detidos.
Os detidos estão sendo levados para a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes e para a Delegacia de Investigações Gerais, ambas em Osasco.
A operação, deflagrada em agosto de 2015 pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), tenta desestruturar um esquema de funcionários fantasmas, além da captação de dinheiro de parte do salário de assessores dos vereadores. Estima-se que foram desviados R$ 21 milhões.
Denúncia
As denúncias da Operação Caça-Fantasmas, oferecidas pelo MP-SP nesta semana, alcançam 217 pessoas, entre vereadores, assessores e ‘fantasmas’. Foram cumpridos 73 mandados de busca até o momento. Mais de 200 pessoas foram afastadas, cautelarmente, de seus cargos a pedido do Ministério Público de São Paulo.
De acordo com a promotoria paulista, a operação já conta com mais de 117 volumes de investigação.
Em junho deste ano, foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão em prédios públicos, gabinetes de vereadores, gabinetes de apoio de vereadores, sedes de partidos políticos, estabelecimentos comerciais – dentre eles o Ceagesp –, sindicatos e propriedades particulares.
Foram apreendidos vários documentos, entre eles fichas de frequência de servidores públicos que estão sendo investigados. A operação constatou diversos assessores da prefeitura e da Câmara Municipal de Osasco trabalhando em estabelecimentos privados no horário de expediente do Executivo e do Legislativo.
Durante a operação, seis pessoas foram presas em flagrante, todas em Osasco. Uma por porte ilegal de arma e cinco por desvio de medicamentos. Também foram apreendidos três caminhões carregados de medicamentos. Parte da carga foi identificada como sendo remédios destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Último Segundo/Política/Com informações da Agência Brasil
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