“Mídia quer derrubar Michel Temer e colocar FHC”, diz senador do PMDB
Segundo Jader Barbalho, imprensa brasileira visa criar “ambiente artificial de comoção nacional” para viabilizar retorno do tucano ao Palácio do Planalto
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) usou a tribuna do Senado na noite da última terça-feira (13) para denunciar o que considera como uma tentativa de derrubar o governo Michel Temer. O intuito da manobra, segundo o peemedebista, seria viabilizar, por meio de eleição indireta, a volta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao Palácio do Planalto. O parlamentar diz que a operação seria orquestrada por “grandes setores da mídia brasileira”.
“Eu não quero partidarizar aqui, de forma alguma, mas o esquema está armado: é deteriorar o governo. O esquema é avacalhar o Congresso e quem tenha responsabilidade popular para prevalecer o partido da grande mídia, para prevalecer outros interesses confessáveis ou inconfessáveis”, declarou o senador. Na opinião de Barbalho, a imprensa e “esses setores que querem derrubar o presidente da República, já têm candidato: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”.
O peemedebista ironizou a cobertura dos grandes veículos de comunicação do País a respeito do noticiário político nacional. “Não era a imprensa que dizia que o senhor Henrique Meirelles era a pessoa adequada para encaminhar as medidas econômicas?”, questionou, em alusão às recentes críticas feitas ao ministro da Fazenda em relação à condução das políticas econômicas do Brasil.
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O objetivo dos ataques ao governo Temer, na opinião do senador, é gerar um “ambiente artificial de comoção nacional” no qual “o presidente seja obrigado a cair ou sejamos nós [parlamentares] aqui, em uma noite, obrigados a dar fim ao mandato” do correligionário.
Lava Jato
Barbalho também criticou a condução das investigações no âmbito da Operação Lava Jato. “Prisão preventiva passou a ser condenação antes que as pessoas se defendam. Essas pessoas [presas preventivamente] estão condenadas à execração pública, condenadas elas e suas famílias sem que sequer tenham a chance e a oportunidade de apresentar sua defesa.” Ele se posicionou contra a divulgações de depoimentos de delatores antes da homologação pela Justiça.
Segundo o peemedebista, a classe política brasileira tem sido vítima de “condenação antecipada”. “Nós, políticos, nós parlamentares, que somos injustiçados todas as noites no julgamento antidemocrático porque somos condenados por antecipação em um processo em que nenhum país moderno, democrático e respeitável pode admitir.”
Ele rebateu as acusações de que os congressistas estariam tentando barrar as investigações da Lava Jato. “Eu não sou contra a Operação Lava Jato. O que eu fico espantado é de verificar como não só vossa excelência [Renan Calheiros] como o Congresso foi acusado de impedir dez medidas contra a corrupção e, se o Congresso não aceita, está atrapalhando a Lava Jato. Aonde essa Lava Jato já foi prejudicada e interrompida?”, questiona.
O parlamentar também defendeu as alterações na Lei de Abuso de Autoridade, que, para ele, não visa cercear o trabalho do Poder Judiciário. “Abuso de autoridade é para o guarda da esquina”, sentencia. “Não defendo a irresponsabilidade de grandes setores da mídia brasileira, que eu não sei o que querem”, completa.
Fonte: Último Segundo/Política/Ig. São paulo
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