“Por que essas pessoas não votaram?”, ironiza Trump sobre Marcha das Mulheres
Presidente disse que celebridades “fazem mal à causa”; segundo as organizadoras, cerca de 2,5 milhões de pessoas participaram dos atos
Em resposta às pessoas que foram às ruas neste sábado (21) para protestar contra suas declarações e atitudes em relação às mulheres, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os manifestantes deveriam ter votado nas eleições presidenciais do ano passado.
Com tom irônico, Trump disse que a Marcha das Mulheres e todos o atos relacionados a ela foram realizados por pessoas que não votaram nas eleições, oportunidade única de escolher o presidente da nação. Disse também que as celebridades “fazem mal à causa”,
“Assisti aos protestos de ontem, mas tenho a impressão de que acabamos de ter eleição. Por que essas pessoas não votaram? As celebridades fazem mal à causa”, escreveu Trump em seu perfil pessoal no Twitter.
Ocorridas no último sábado, as manifestações – cujas organizadoras garantem que tenha reunido cerca de 2,5 milhões de pessoas – formaram o primeiro grande ato contra o novo mandatário, que durante a campanha foi acusado de sexismo e machismo, e representaram uma das maiores mobilizações da história recente dos Estados Unidos.
O maior protesto ocorreu na capital Washington, mas também houve marchas em outras metrópoles norte-americanas, como Nova York e Boston, e no resto do mundo, como em Paris, Berlim, Londres e Roma.
Em Washington, a manifestação contou com a presença de estrelas como Scarlett Johansson, Ashley Judd e Michael Moore. Os atos foram apoiados até pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton, derrotada pelo republicano na eleição de 8 de novembro.
Encontro
Como já era esperado, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, será a primeira grande líder mundial a visitar Trump na Casa Branca. A chefe de governo britânica irá aos Estados Unidos na próxima sexta-feira (27) para conversar com o novo presidente sobre as bases de um acordo comercial a ser assinado após o rompimento definitivo com a União Europeia.
“Falarei com Donald Tr ump sobre questões que compartilhamos”, disse May durante entrevista à BBC . Outro primeiro-ministro que deve ser recebido em breve pelo republicano é o de Israel, Benjamin Netanyahu, que estuda fazer uma viagem a Washington na primeira semana de fevereiro.
A chegada do magnata à Casa Branca deve inaugurar uma nova fase nas relações entre os dois países, após as turbulências vistas durante os mandatos de Barack Obama, que sempre foi crítico da política de construção de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém.
O embaixador indicado por Trump para Israel estuda até transferir a sede diplomática norte-americana no país de Tel Aviv para Jerusalém, que não é reconhecida pela maior parte da comunidade internacional como capital israelense.
Último Segundo/Mundo/Com informações da Agência Ansa.
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