Temer diz que paralisação de policiais no ES é ilegal e pede retorno ao trabalho
Categoria está em greve há sete dias, o que tem gerado onda de violência no Estado; desde sábado, 121 homicídios foram registrado na Grande Vitória
O presidente Michel Temer enviou nota à imprensa nesta sexta-feira (10) na qual critica a greve dos policiais militares no Espírito Santo, que já dura sete dias. O chefe do Executivo federal disse que a “paralisação ilegal” tem causado temor à população e afirmou que o direito de reivindicar “não pode tornar o povo brasileiro refém”.
“O presidente conclama aos grevistas que retornem ao trabalho como determinou a Justiça e que as negociações com o governo transcorram dentro do mais absoluto respeito à ordem e à lei, preservando o direito e as garantias do povo que paga o salário dos servidores públicos, sejam eles civis ou militares”, afirmou a Secretaria de Comunicação Palácio do Planalto a respeito da paralisação .
Foi a primeira vez que temer se manifestou publicamente a respeito do assunto. No começo da semana, o governo autorizou de equipes das Forças Armadas e da Força Nacional para auxiliar na segurança da capital Vitória e sua região metropolitana. O comunicado assegura que Temer acompanha os fatos no Estado “desde os primeiros momentos”.
Caos geral
Desde sábado, 121 homicídios já foram registrados na região. Na manhã desta sexta-feira, 703 policiais militares foram indiciados pelo crime de revolta por estarem armados e aquartelados nos batalhões.
“O presidente tem se informado todos os dias com o governador Paulo Hartung e vai fazer todos os esforços para que o Espírito Santo retorne à normalidade o quanto antes. Agirá da mesma forma sempre que necessário, em todos os locais onde for preciso. O presidente ressalta que o direito à reivindicação não pode tornar o povo brasileiro refém. O estado de direito não permite esse tipo de comportamento inaceitável”, diz a nota.
Interlocutores do governo federal informam que o Planalto está em alerta em relação à possibilidade de que outros movimentos grevistas de policiais militares se espalhem por outros estados brasileiros. Essa preocupação, afirmam, pode levar o presidente a acelerar a indicação do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, cujo titular, Alexandre de Moraes, se licenciou após ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Na manhã de hoje, familiares de policiais no Rio de Janeiro concentraram-se em frente a diversos batalhões, impedindo a saída de viaturas, da mesma forma como ocorre a paralisação no Espírito Santo.
Fonte: Último Segundo/Brasi/ Com informações da Agência Brasil
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