Cerca de 875 policiais militares já voltaram às ruas no Espírito Santo

Cerca de 875 policiais militares já voltaram às ruas no Espírito Santo

Cerca de 875 policiais militares já voltaram às ruas no Espírito Santo

Agentes em férias ou de folga foram convocados para fazer o patrulhamento no Estado; secretaria afirma, entretanto, que batalhões seguem bloqueados


O governo do Espírito Santo informa que 875 policiais militares já retornaram ao trabalho neste domingo (12). No entanto, os batalhões e companhias da PM continuam fechados no Estado em razão de protesto feito por mulheres e familiares dos agentes, que reivindicam reajustes salariais.
De acordo com a Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) do Espírito Santo, 250 policiais já estão efetuando o patrulhamento na Grande Vitória. Na região sul do Estado, são 275, enquanto a área ao norte do território capixaba conta com 350 agentes. Desses militares que voltaram ao trabalho, parte estava em férias ou de folga .
A secretaria informou ao iG que a contagem do efetivo, conhecida como chamada operacional, que, em situações normais, é feita com base na quantidade de presentes em cada quartel, foi feita nas ruas. A pasta reitera que, apesar do retorno de alguns agentes, a paralisação continua no Estado.

No sábado (11), cerca de 70 PMs foram retirados de helicóptero do Quartel do Comando-Geral, em Maruípe, na região central de Vitória . Segundo a Sesp, esse grupo queria voltar ao trabalho e estava impedido de sair em razão do movimento das mulheres.
Apelo do governo
Na manhã de ontem, o ministro da Defesa , Raul Jungmann, fez um apelo para que o motim fosse encerrado. “Venham para as ruas para defender o povo”, disse, após reunião no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha.
Também no sábado, o ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo da Presidência da República, garantiu que não será dada anistia a quem aderiu à paralisação, que já dura nove dias .
“Aqueles que, porventura, imaginam que terão qualquer tipo de iniciativa na linha de anistia no Congresso Nacional, eu quero deixar claro que não terá a menor possibilidade de apoio base política do presidente Michel Temer . É importante deixar claro porque existem movimentações iludindo pessoas que estão em greve como se fossem assim: aconteceu a greve e não vai nenhuma tipo de penalização”, afirmou Imbassahy após reunião.
Mobilização
As mulheres e parentes dos policiais reivindicam 20% de reajuste salarial imediato e outros 23% escalonados. Elas estão acampadas em frente às unidades da PM para bloquear a saída de viaturas. Na sexta-feira (10), o governo do Espírito Santo anunciou a assinatura de um acordo com as associações que representam os militares capixabas para suspender a paralisação. A proposta, entretanto, não incluía aumento.

Fonte: Último Segundo/Brasil/EBC Agência Brasil


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