PGR pede arquivamento de investigação contra Pezão na Operação Lava Jato
Procuradoria-Geral da República também solicitou que as acusações contra Sérgio Cabral sejam conduzidas pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quinta-feira (9) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o arquivamento do inquérito no qual o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, é acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. De acordo com a procuradoria, não há provas que justifiquem a continuidade das investigações.
No pedido enviado ao STJ, o vice-procurador da República José Bonifácio de Andrada, argumenta que o indício de participação de Pezão em uma reunião na qual teria ocorrido uma suposta solicitação de dinheiro para campanha não é suficiente para sustentar uma imputação penal contra o governador. De acordo com as investigações, os recursos teriam sido desviados da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), uma das obras da Petrobras investigadas na Lava Jato .
Segundo o processo, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e um dos delatores da operação, relatou uma reunião, realizada durante a campanha eleitoral de 2010, quando Pezão concorreu como vice do ex-governador Sérgio Cabral. No encontro, Pezão e representantes de empreiteiras teriam combinado doação de R$ 500 mil para o diretório estadual do PMDB no Rio.
No mesmo parecer, a PGR pediu que acusações contra Sérgio Cabral sejam conduzidas pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal em Curitiba.
Sérgio Cabral
Na quarta-feira (8), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi denunciado pela sexta vez pelo Ministério Público Federal do estado. As acusações apresentadas à 7ª Vara Federal incluem 25 crimes de evasão de divisas, 30 de lavagem de dinheiro e nove de corrupção passiva. Só em fevereiro deste ano, Cabral foi acusado pelo MPF de cometer 332 crimes de lavagem de dinheiro .
Além de Sérgio Cabral, também foram denunciados pelo MPF por crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e pertencimento à organização criminosa: Carlos Miranda, Wilson Carlos, Sérgio Castro de Oliveira, Vinicius Claret, também conhecido por Juca Bala, Claudio de Souza, conhecido como Tony ou Peter e Timothy Scorah Lynn.
O ex-governador, que é réu em três processos da Operação Lava Jato, foi preso no dia 17 de novembro, sob a acusação de receber mais de R$ 220 milhões em propinas para fechar contratos públicos com empreiteiras e construtoras. Ele foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, mas será transferido para o antigo Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar (PM), no bairro de Benfica.
Fonte: Último Segundo/Política/Com informações da Agência Brasil
Não encontrou o que queria? Pesquise abaixo no Google.
Para votar clique em quantas estrelas deseja para o artigo
Enviar postagem por email
I aptaceirpe you taking to time to contribute That’s very helpful.