Onda de rádio espacial pode vir de “veleiro alienígena”, diz estudo da Harvard

Onda de rádio espacial pode vir de "veleiro alienígena", diz estudo da Harvard

Onda de rádio espacial pode vir de “veleiro alienígena”, diz estudo da Harvard

Como o fenômeno ainda não tem explicações naturais possíveis, cientistas sugerem que a origem das rajadas possa ser artificial, gerada por espaçonave


Novo estudo publicado por dois cientistas da Universidade de Harvard sugere a existência de uma aeronave alienígena. Os físicos Avi Loeb e Manasvi Lingam, autores da pesquisa publicada em fevereiro, oferecem explicação para uma possível fonte artificial do fenômeno chamado Rajadas Rápidas de Rádio (FRBs).

As Rajadas Rápidas de Rádio são fontes poderosas e breves de ondas de rádio de origem extragaláctica. Como ainda não foi identificada nenhuma alternativa natural que explique o surgimento deste fenômeno espacial, a pesquisa sugere que a fonte seja uma nave alienígena .

“FRBs são extremamente brilhantes por causa de sua curta duração e origem a grandes distâncias. Ainda não identificamos com confiança uma possível uma possível fonte natural. Vale a pena contemplar e checar uma origem artificial”, afirmou Loeb em nota.
Até hoje, só 17 FRBs foram identificadas e cientistas questionam de onde elas vêm. Além disso, só uma entre todas foi observada se repetindo, e especula-se que ela tenha sido provocada por uma estrela altamente magnetizada ou um buraco negro.

Os dois físicos, porém, sugerem que as FRBs possam ser irradiações que movem uma gigantesca nave espacial, como um veleiro solar. Nesse caso, o que nós vemos seria uma difração da irradiação na vela.
Eles estimam que a suposta nave possa pesar até um milhão de toneladas. “Grande o suficiente para carregar passageiros vivos através de distâncias interestelares ou até intergalácticas”, alegou Lingam.
“Nossas análises mostram que irradiações usadas para alimentar grandes veleiros de luz poderiam produzir parâmetros consistentes com FRBs”, escreveram Loeb e Lingam em resumo de seu artigo.

Entretanto, se o transmissor de uma irradiação como esta fosse movido pelo Sol, seria necessário um painel captador de energia com área equivalente ao tamanho de duas Terras. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, o enorme transmissor também precisaria de um sistema de resfriamento que tivesse o dobro do tamanho da Terra.
Os pesquisadores reforçam que não acreditam, necessariamente, que a origem seja alienígena. “Ciência não é uma questão de crença, mas sim de evidência. Decidir precipitadamente o que é provável limita as possibilidades. Vale a pena compartilhar ideias e deixar os dados definirem”, disse Loeb.
Fonte: Último Segundo/Ciência/Ig. São Paaulo


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