Sistemas Operacionas Móveis, quem vencerá a nova briga?

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Já faz mais de um ano que o primeiro celular com o Android foi lançado e, apesar dos poucos modelos à venda, a forma de criar e pensar um sistema operacional para telefones mudou completamente de lá para cá.

O Android inventou uma nova mentalidade de fazer um sistema para telefones, totalmente aberto. Assim, não só os desenvolvedores de aplicativos poderiam criar novas ferramentas criativas para usar os recursos do Android (como já acontece com outros sistemas operacionais), mas também os fabricantes de celular teriam a chance de fazer um telefone mais inteligente, mais fácil de usar, que pudesse servir como plataforma perfeita para acessar serviços na internet.

Num mundo em que tudo está online em todo lugar, o Android foi a solução ideal para fabricantes como HTC, Samsung, LG e Motorola (que já lançaram telefones com Android) e SonyEricsson e Acer (que ainda devem colocar aparelhos no mercado). São justamente os fabricantes que tinham menos força na briga de sistemas operacionais móveis. Todos, junto ao Google, fazem parte da Open Handset Alliance, um conjunto de empresas ao redor do desenvolvimento do “dispositivo portátil open source”.

O Android, pelo menos com os modelos já lançados, conseguiu colocar os fabricantes menores no topo das novidades tecnológicas para celular. As consequências do Android foram tais que a Nokia, maior fabricante de celulares do mundo, resolveu abrir o código do sistema operacional de seus aparelhos no ano passado para que desenvolvedores pudessem criar aplicações com a mesma facilidade.

A Palm também fez o mesmo com o WebOS, sistema que ela usa no Palm Pre, um dos celulares mais integrados com a internet lançados até o 1º semestre. Até a Apple, que começou com a história de ter uma loja de aplicativos para celular, só liberou um kit de desenvolvimento para o iPhone depois que o Google anunciou os planos do Android. Durante o período de inovação, a Microsoft ficou para trás ao manter o Windows Mobile, seu sistema para celulares, com o mesmo padrão do computador.

Esta semana, porém, a empresa lança uma atualização, a versão 6.5 do Windows Mobile que passa a se chamar Windows Phone. Pelas informações já divulgadas, o sistema está mais adequado aos telefones de tela de toque, com ícones grandes e fáceis de clicar. Ele também terá uma loja de aplicativos, chamada de Windows Marketplace, onde será possível baixar todo tipo de programa.

Dificilmente, porém, o Windows Phone vai causar o mesmo impacto que o Android ou o WebOS. O próprio Steve Ballmer, presidente da empresa, disse em um evento nos EUA que a Microsoft falhou com o Windows Mobile e que gostaria de estar lançando a versão 7.0 (prevista para outubro de 2010), e não a 6.5.

Enquanto isso, fabricantes como a Palm anunciaram que desistiram de lançar novos celulares com o Windows Mobile. Um executivo da Motorola disse ao Link que o fabricante também não terá novos telefones com Windows Mobile antes da próxima versão, 7.0.

O problema se reflete nos números. De acordo com o Gartner, o Windows Mobile estava em 9% dos smartphones vendidos no segundo trimestre de 2009, contra 11,8% no fim do ano passado. A Nokia também vem perdendo espaço com a entrada de novos sistemas, caiu de 57% para 51% em um ano, enquanto a Apple e a RIM, fabricante dos BlackBerrys, cresceram. O Android, por enquanto, tem 2% do mercado de smartphones, mas, neste final de ano e em 2010, terá de provar se é mesmo revolucionário ou não.

Intel também entra na disputa

Depois do Google e da Apple, foi a vez de outra empresa fora do ramo de celulares criar um sistema para telefones. A Intel lançou uma nova versão de seu sistema para dispositivos portáteis (netbooks, notebooks e aparelhos como GPS), e ela agora também será compatível com telefones que utilizem os chips Atom. O Moblin 2.1, como é chamado o sistema, carrega o mesmo conceito do Android de ser um sistema baseado em Linux e completamente aberto a modificações. “Cada empresa pode colocar a cara que quiser”, explica Sadek Absi, gerente de produtos embarcados para a América Latina da Intel. “A ideia é facilitar novas aplicações, novos conceitos, para otimizar os recursos do chip Atom”.

Segundo Absi, até o Android poderá rodar por cima do Moblin. O sistema da Intel também consegue uma melhor performance do processador, o que economiza bateria. Por enquanto, porém, o Moblin ainda está distante das prateleiras. Apenas a LG tem um acordo oficial com a Intel para usar chips Atom nos celulares. Mas ainda não houve nenhuma parceria específica sobre o uso do Moblin em smartphones. Mesmo assim, Absi acredita que os primeiros aparelhos devam ser vendidos ainda em 2010, incluindo no Brasil. Se o Android demorou mais de um ano para chegar aqui, a estimativa dele é otimista.

fonte: estadao


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