Pesquisadores encontram primata que não era visto desde 1921
Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas encontrou um grupo de primatas que se pensava extinto há mais de 85 anos. O tarsius pigmeu é um animal do tamanho de um rato e que pesa cerca de 50 gramas. Ele lembra um furby, personagem peludo de brinquedo lançado nos anos de 1990.
A última vez que um tarsius foi visto com vida foi em 1921, apesar de dois indonésios terem acidentalmente capturado e matado um exemplar em 2000.
Liderada por Sharon Gursky-Doyen, uma antropóloga especializada em primatas não-humanos, a equipe capturou três destes animais de hábitos noturnos no fim de agosto. O que distingue a espécie,
segundo a pesquisadora, é que ao contrário dos outros primatas, o tarsius possui garras em vez de unhas – uma possível adaptação ao meio repleto de musgo onde vivem.
Para chegar os tarsius, os cientistas utilizaram 276 redes. Eles capturaram dois machos e uma fêmea que vivem no Parque Nacional Lore Lindu, em Sulawesi, na Indonésia. Após capturarem os animais, os estudiosos colocaram colares com radiotransmissores para monitoramento.
Além do desafio de encontrar exemplares vivos da espécie, a equipe de Gursky-Doyen tinha como objetivo identificar comportamentos maternais não-usuais desses primatas e sua relação com os ciclos lunares.
A pesquisadora americana começou sua pesquisa na região central da Indonésia em 1993. Sua principal assistente é a aluna de graduação Nanda Grow, com quem irá escrever a dissertação com os resultados do estudo. Com a pesquisa patrocinada por diversas entidades de porte, como a National Geografic Society, Gursky-Doye pretende tirar a espécie do esquecimento. Mas isso não é tudo. “Existem espécies de primatas a serem descobertas na Indonésia. Nem todas foram vistas, ouvidas e descritas”, diz a pesquisadora.
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