Luis Fabiano rouba a cena e Brasil destrói Portugal: 6 a 2
Se antes de a bola começar a rolar para Brasil e Portugal nesta quarta-feira, na cidade-satélite do Gama, no Distrito Federal, a expectativa era pelo duelo entre o atual melhor do mundo, Kaká, e o provável futuro, Cristiano Ronaldo, ao final do jogo outro nome foi reverenciado por todos no Bezerrão: Luis Fabiano.
O atacante do Sevilla marcou três gols na impressionante virada brasileira para cima de Portugal por 6 a 2 e deixou o campo ovacionado aos 23 minutos do segundo tempo, quando foi substituído pelo “Imperador” Adriano. De quebra, ajudou a equipe de Dunga a acabar com dois incômodos jejuns: o de não marcar gols no país, que já durava três partidas (Argentina, Bolívia e Colômbia) e o de não vencer os portugueses, que incomodava os brasileiros desde 1989.
Completaram a goleada o lateral-direito Maicon, da Inter de Milão, o meio-campista Elano, do Manchester City, e Adriano, da Inter de Milão. Para Portugal, marcaram o meia Danny, logo aos cinco minutos de jogo, e o atacante Simão Sabrosa, no segundo tempo.
Depois de encerrar o ano em paz com o torcedor, fica a expectativa para o primeiro amistoso da equipe em 2009, marcado para o Emirates Stadium, casa do Arsenal, em Londres, diante da Itália, atual campeã mundial.
A CBF garante que Dunga será mantido até lá, apesar de especulações apontarem para a presença do são-paulino Muricy Ramalho no comando antes mesmo da virada do ano. Depois da boa exibição desta quarta, o atual comandante deverá ganhar um pouco mais de sossego para permanecer no cargo e seguir sua caminhada para levar o Brasil à Copa de 2010. O próximo compromisso pelas Eliminatórias será em março, diante do Equador.
O jogo: O pontapé inicial dado por Pelé, o homenageado da noite no estádio Bezerrão pelo 39º aniversário de seu milésimo gol, parece ter inspirado o homem responsável por marcar os gols da equipe: Luis Fabiano.
O primeiro gol do jogo, no entanto, foi dos visitantes. Deco cobrou escanteio da esquerda, a zaga brasileira não cortou e a bola sobrou para o zagueiro Bruno Alves, que chutou forte. No meio do caminho, Danny, do Zenit, da Rússia, desviou “de letra” e abriu o placar logo aos cinco minutos: 1 a 0.
Quando tudo levava a crer que os visitantes poderiam complicar a vida do Brasil, o zagueiro Pepe, naturalizado português, mostrou que ainda tem sangue verde e amarelo correndo em suas veias e “ajudou” a equipe de Dunga.
Pressionado por Robinho, o zagueiro do Real Madrid entregou o ouro para o atacante do Machester City cruzar com perfeição para Luis Fabiano, com calma, dominar, empatar a partida e acabar com um jejum de três partidas da seleção sem balançar as redes em jogos disputados no Brasil: 1 a 1, aos nove minutos.
Reequilibrado, o Brasil passou a jogar melhor e chegou à virada aos 25. Kaká fez grande jogada pela direita, prendeu a bola e cruzou para trás. Luis Fabiano, bem colocado, fez o giro e bateu forte, sem chances para Quim: 2 a 1. Kaká ainda desperdiçou boa chance para ampliar antes da descida para os vestiários, mas o placar parcial ficou mesmo 2 a 1.
Massacre: Na volta para o segundo tempo, Cristiano Ronaldo, que levou a pior em uma dividida com Elano ainda na etapa inicial, não conseguiu fazer jus ao rótulo de favorito ao título de melhor jogador do ano e seguiu produzindo pouco.
Quem seguiu produzindo muito foi Luis Fabiano. Aos dez minutos, o atacante participou de linha de passe de alto nível junto com Elano e Robinho e serviu para a chegada do lateral-direito Maicon, que encheu o pé e aumentou: 3 a 1, para delírio dos torcedores.
O que já era alegria virou êxtase dois minutos depois. Maicon chegou ao fundo e cruzou para Robinho, que fez o giro e bateu forte. Quim rebateu nos pés de Luis Fabiano, que estufou as redes pela terceira vez na noite e transformou a virada em goleada: 4 a 1.
Simão Sabrosa, em nova falha da defesa, chegou a fazer 4 a 2 e diminuir o vexame, mas Elano, em um lindo chute quase sem ângulo marcou o quinto gol e fechou com chave de ouro o ano da seleção brasileira.
Ovacionado, Luis Fabiano deixou o campo para a entrada do “Imperador” Adriano, que lutou muito e deixou sua marca, de cabeça, fechando o massacre: 6 a 2.
Cristiano Ronaldo, por sua vez, saiu em baixa: discutiu com Marcelo e levou cartão amarelo do árbitro, ao som das vaias do torcedor do Distrito Federal.
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