Pessoas são escolhidas para sequestro pela internet
Policiais de São Paulo constataram que uma quadrilha que sequestrou um jovem de 19 anos utilizava a internet para descobrir o perfil e a rotina das vítimas. Ele foi mantido em cativeiro por cinco dias, em Ilha Comprida, litoral sul paulista. De acordo com a polícia, os criminosos passavam horas em sites de relacionamento à procura de pessoas com sinais de riqueza.
Eles observavam, principalmente, as fotos para saber como era a casa da família e se a possível vítima fazia viagens para o exterior. “O veículo que possui, a empresa em que trabalha. Tudo isso serve de informação para que os criminosos possam iniciar um levantamento para posteriormente cometer roubos, sequestros e outros crimes”, afirmou o delegado Wilson Negrão
Depois, integrantes da quadrilha passavam a frequentar os mesmos bares e danceterias da vítima escolhida pela internet para ter certeza da situação financeira da família.
O especialista em segurança na internet Altieres Rohr, colunista do G1, aconselha utilizar controles de privacidade das redes sociais. “Qualquer rede social tem controles de privacidade onde você pode definir quem vai poder ver tal conteúdo, quem vai poder visualizar tais fotos. Dessa forma, só aquelas pessoas que você realmente conhece, que não vão comprometer você de nenhuma forma, terão acesso [ao conteúdo]”, disse Rohr.
Esta semana, o pai do estudante mantido refém em Ilha Comprida reconheceu, ao Fantástico, que o filho expôs informações demais na internet. “Ele fica trancado no quarto dele. Acessa [internet] quase todos os dias. Todos os pais têm que estar mais presentes, porque eu não estava muito atento”, afirmou.
O estudante foi libertado pela polícia e nove sequestradores foram presos. Um deles, segundo a polícia, é de uma família de empresários de renome na região de Sorocaba. As investigações apontam que, em um mês, a quadrilha praticou dois sequestros e possuía uma lista de novas vítimas.
Fonte:g1
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