Alta no desemprego entre jovens de 15 a 24 anos bate recorde

A taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos no mundo cresceu 0,9 ponto percentual de 2008 para 2009, a maior alta anual desde 1991, segundo dados do relatório Tendências Mundiais de Emprego para a Juventude do ano de 2010, divulgado nesta quarta-feira (11) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A alta coincidiu justamente com os anos da crise econômica mundial, diz a OIT, invertendo a tendência de declínio desde 2004.

desemprego

Até então, a maior alta anual havia sido de 0,8 ponto percentual, de 1994 para 1995, quando o índice subiu de 11,3% para 12,1%.

No final de 2009, 13% dos cerca de 620 milhões de jovens economicamente ativos estavam desempregados, um total de 80,7 milhões de pessoas. A taxa é a maior desde 2003, quando foi de 13,2%, o mesmo índice registrado em 2002, segundo a OIT.

Em 2004, a taxa de jovens desempregados começou a cair. Em 2007, no início da crise, estava em 11,9%. Em 2008, voltou a subir, chegando a 12,1%.

No ano passado, o número total de jovens desempregados foi de 7,8 milhões a mais do que o de 2007. Na comparação com 2008, o aumento foi de 6,7 milhões. De 2007 sobre 2008, houve 1,1 milhão a mais de jovens sem emprego.

Mulheres têm mais dificuldade
Ainda segundo o estudo, as mulheres jovens têm mais dificuldade do que os homens jovens para encontrar trabalho. A taxa de desemprego feminina em 2009 foi de 13,2%, enquanto a taxa masculina foi de 12,9%, uma diferença de 0,3 ponto percentual, a mesma observada em 2007.

Consequências
Segundo o relatório, as consequências da crise econômica e financeira ameaçam agravar os já pré-existentes déficits de trabalho decente entre os jovens. O resultado é que o número de jovens em trabalhos precários cresce, ciclo que pode persistir por pelo menos mais uma geração, avalia o estudo.

O relatório da OIT diz, ainda, que o desemprego, o subemprego e o desânimo podem ter um impacto negativo no futuro sobre os jovens, comprometendo as perspectivas futuras de emprego. O estudo também destaca que, com a ociosidade entre os jovens, as sociedades perdem seus investimentos em educação, governos deixam de receber contribuições para os sistemas de segurança social e são forçados a aumentar os gastos com serviços de reparação.

Melhora só em 2011
Segundo projeções da OIT, o nível de jovens desempregados deverá aumentar ainda mais até o final de 2010, para 13,1% (81,2 milhões de desempregados). A expectativa é que a taxa caia apenas em 2011, para 12,7% (78,5 milhões).

Na comparação com os dez anos que antecedem a crise atual (1996 e 1997 com 2006 e 2007), o número de jovens desempregados aumentou, em média, 191 mil por ano.

Fonte:g1


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