Após chacina, identificação de corpos no México pode levar até 14 dias

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Após a confirmar a identidade de dois brasileiros mortos numa chacina que vitimou 72 imigrantes no Estado de Tamaulipas, no México, o Itamaraty afirmou que presta auxílio às suas famílias e que os trabalhos dos legistas mexicanos podem levar 14 dias.

A assessoria do Ministério das Relações Exteriores relatou à Folha.com que o governo brasileiro está em contato direto com os familiares de Juliard Aires Fernandes, 20, e Hermínio Cardoso dos Santos, 24, ambos naturais de Minas Gerais.

O órgão ainda não divulgou a cidade de origem dos dois, e confirma que até o momento não foram encontrados mais documentos de cidadãos brasileiros entre os corpos.

“Nossa expectativa é de que o número inicialmente divulgado, de quatro brasileiros, esteja equivocado” e que sejam realmente somente os dois divulgados ainda na noite de sábado (28), informou o Itamaraty.

A missão diplomática integrada pelo cônsul-geral do Brasil no México, Márcio Lage, e pelo vice-cônsul João Zaidan já retornou à Cidade do México, após acompanhar os trabalhos iniciais em Tamaulipas.

Ainda de acordo com a assessoria do Itamaraty o governo brasileiro teria sinalizado que a Polícia Federal poderia auxiliar as autoridades mexicanas no trabalho de identificação dos corpos, mas o México ainda não se pronunciou a respeito.

O Ministério das Relações Exteriores ainda mantém em sigilo maiores detalhes a respeito da origem e das famílias dos dois brasileiros identificados até o momento.

O Consulado e a Embaixada do Brasil no México foram procurados pela reportagem da Folha.com, sem sucesso.

Segundo a Procuradoria do Estado de Tamaulipas, até a noite de ontem, tinham sido identificadas 41 das vítimas, que seriam levadas para o necrotério da cidade de Reynosa.

O México informou inicialmente que havia ao menos quatro brasileiros entre as vítimas. O procurador de Tamaulipas, Jaime Rodríguez, havia indicado anteontem que entre os corpos identificados estava um brasileiro, mas o cônsul brasileiro havia posto em dúvida a informação.

MASSACRE

A Marinha mexicana encontrou os 72 corpos nesta terça-feira (24), em uma fazenda perto da cidade de San Fernando, no Estado de Tamaulipas, norte do México e perto da fronteira com os Estados Unidos.

Um jovem equatoriano identificado como Freddy Lala Pomavilla teria sobrevivido ao massacre fingindo-se de morto. Ferido com um tiro na garganta, ele chegou a um posto da Marinha mexicana e contou às autoridades sobre o massacre de imigrantes brasileiros e equatorianos.

Freddy relatou que os estrangeiros foram sequestrados por um grupo criminoso, quando tentavam chegar à fronteira com os EUA. Os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas, e ofereceram trabalho como matadores de aluguel por US$ 1.000 quinzenais. Quando os imigrantes recusaram a oferta, os criminosos atiraram.

A Marinha foi até o local e entrou em confronto com o grupo. Pouco depois, encontrou os corpos no rancho. Segundo a polícia, as vítimas, que se acredita sejam migrantes da América Central e da América do Sul –incluindo quatro brasileiros-, parecem ter sido amarradas com os olhos vendados antes de serem enfileiradas em uma parede e mortas a tiros.

fonte: Folha.com


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