Policiais Militares da Paraíba cruzam os braços
O governador Ricardo Coutinho disse que vai acionar a Força Nacional de Segurança para garantir a proteção da população paraibana enquanto durar a paralisação dos mais de 15 mil servidores da segurança pública.
Os policiais militares e bombeiros decidiram entrar em greve a partir de hoje. Os policiais civis, agentes penitenciários, delegados de Polícia Civil e outros profissionais da área de segurança cruzam os braços na próxima sexta-feira.
O anúncio da greve foi dado na tarde de ontem, após assembléia geral das categorias na Praça João Pessoa. Os servidores querem que o Governo pague a PEC-300.
De acordo com o secretário executivo da Casa Civil, Lúcio Flávio Vasconcelos, o governador entrou em contato com a presidente, Dilma Rousseff, para garantir que o estado não ficasse a mercê dos bandidos, principalmente durante as festas de Carnaval.
“O governador terá respaldo legal para solicitar as tropas federais e garantir asegurança da população paraibana. Através de um plano operacional, o Governo do Estado vai acionar a presença da Força Nacional de Segurança na Paraíba. Isso já foi discutido com a presidente Dilma”, confirmou Lúcio Flávio.
O anúncio sobre o envio de tropas federais para a Paraíba, no entanto, não teve qualquer peso no momento da votação dos policiais pela greve, durante a assembleia realizada na frente do Palácio do Governo, ontem à tarde.
Os quase dois mil servidores presentes ao local foram unânimes em sua decisão de não continuar trabalhando até que uma proposta concreta e satisfatória seja apresentada pelo Governo “com base nos reajustes salariais dados pelo governo do Estado do Sergipe”, como afirmou um dos líderes do movimento, Major Fábio.
Desde a meia-noite de hoje, os mais de dez mil membros da Polícia Militar e os quase 1.200 do Corpo de Bombeiros estão orientados a paralisar suas atividades.
No caso dos cerca de 2.690 funcionários da Polícia Civil e agentes penitenciários, a greve só terá inícioem 72 horas, quando o comunicado da decisão será apresentado a todas às autoridades, como previsto na Lei de Greve das categorias.
“Caso contrário, o Estado poderia decretar a irregularidade do movimento”, explicou Antônio Henrique, presidente do Sindicato dos Policiais Civis.
Reunião
Na noite de ontem a cúpula da segurança pública se reuniu com o governador Ricardo Coutinho para definir o rumo da área depois do anúncio da greve geral dos servidores.
De acordo com o secretário de Comunicação do Governo, Nonato Bandeira, a reunião foi agendada para que a situação do estado fosse discutida. Um assunto que estava na pauta para ser discutido também era a vinda da Força Nacional de Segurança para o estado enquanto durar a greve do movimento. Até o fechamento desta edição a reunião não havia sido encerrada.
fonte: Jornal O Norte
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