Pesquisa afirma que políticos brasileiros não sabem usar o Twitter
Uma pesquisa divulgada pela empresa Burson-Marsteller revelou quais são os perfis do Twitter mais influentes na política do Brasil.
O ranking, que faz parte do estudo “Influenciadores do G20″ e tem como destaques o jornalista Ricardo Noblat, a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin, faz um alerta: os políticos brasileiros ainda não sabem lidar com as redes sociais.
“A discussão da política no Brasil está no Twitter”, diz André Miranda, diretor de Public Affairs da B-M Brasil.
“A quantidade de mensagens que vêm pela plataforma, tanto de quem acompanha um assunto dentro do Congresso, quanto dos próprios parlamentares, é muito grande. Mas a participação dos políticos é diferente da de um formador de opinião, que consegue passar conteúdo pelo Twitter, coisa que muitos políticos não conseguem fazer. Eles não sabem utilizar a ferramenta da maneira ideal.”
Apenas 50% da lista brasileira é formada por políticos. Na outra metade, estão formadores de opinião.
Ainda de acordo com o diretor da B-M Brasil, a pesquisa pode aproximar o tuiteiro de quem realmente está mais antenado, de quem agrega valor e conteúdo à rede social. E pode, principalmente, ensinar aos próprios políticos como realmente fazer bom uso do microblog.
“É uma forma de quem consegue ler e entender a metodologia poder tirar proveito do resultado”. Segundo André, o estudo foi enviado para parlamentares brasileiros, mas não gerou quaisquer respostas, elogios ou críticas.
O grande volume de informação analisada também pode ser visto como alerta. Em 90 dias estudados, os dez perfis mais influentes receberam em média 51.510 retweets, 13.240 menções e ganharam 321.100 novos seguidores.
André acredita que estas estatísticas comprovam a importância das redes sociais para as eleições que virão em breve.
“Os políticos devem entender que atividade, interatividade, informações relevantes e o diálogo com o público online são mais importantes que o número de seguidores e fãs. Isso ocorre basicamente pela falta de profissionais especializados em mídias digitais em suas equipes de comunicação”, disse.
Entenda a metodologia utilizada pelo estudo
Os pesquisadores utilizaram o site de análises sociais Klout, para avaliar as métricas de influência de cada perfil, definida em escala de um a 100.
O cálculo leva em consideraçao: alcance (quantidade de usuários que o perfil atinge), rede (média de influência dos seguidores do perfil) e amplificação (probabilidade de repercussão que um tuíte tem).
A pesquisa foi feita no Brasil e em todos os países do G20 (Argentina, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos, Letônia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Espanha e Suécia).
fonte: Rebecca Porphírio
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