Cabo do Exército é sequestrado, torturado e morto por traficantes no Rio
Jorge Fernando Souza foi sequestrado junto de agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas, que sobreviveu
Um cabo do Exército foi sequestrado, torturado e morto por traficantes do Complexo Chapadão, em Costa Barros, zona norte do Rio de Janeiro, na noite do último domingo (30). Além de Jorge Fernando Souza, de 30 anos, duas outras pessoas que estavam com ele, um agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) e um militar cujo nome não foi divulgado, foram levados pelos criminosos – somente o primeiro conseguiu escaár.
Pai de Jorge, Elias Souza afirma que os três trabalhavam como taxistas em um ponto no Village Pavuna e foram levados após se recusarem a transportar traficantes em fuga. “Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Balearam os três. Um sobreviveu e outros dois morreram”, conta ele.
A família do cabo conta que o corpo ainda está dentro de um veículo que se encontra no interior do conjunto de favelas: “As pessoas que viram disseram que o corpo do meu filho está dentro da mala do carro. Foi passada essa informação para a delegacia, mas a polícia ainda não foi lá. Eles (bandidos) afirmaram que se a polícia e a imprensa fossem envolvidas, sumiriam com o corpo. Falaram também que, ao longo da noite de segunda-feira (1º), iriam liberar o meu filho, mas como até às 9 da manhã ninguém nos passou nada, resolvemos falar”.
O registro foi feito na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e transferido para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), já que o corpo de Jorge Fernando ainda não foi localizado.
O pai lembra que além de ser lotado no 25º Batalhão Logístico Escola, em Magalhães Bastos, Jorge era estudante de administração e praticava esportes. Ele diz que pediu auxílio ao Exército, mas que não recebeu nenhum tipo de ajuda.
Procurados, o Comando Militar do Leste e o Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) ainda não se pronunciaram sobre o caso. Já a Polícia Militar alega ter feito operações constantes na região, mas garante não ter recebido informações sobre nenhum corpo encontrado na comunidade.
Amigos lamentam pelas redes sociais
Pelas redes sociais, amigos lamentaram a morte brutal do militar: “Apagaram seu sorriso mano, amigo de infância e depois de alguns anos amigos de trabalho, irmãos defarda. Descanse em paz meu parceiro, a ficha ta custando a cair”, escreveu um deles.
“Até quando mais irmãos vão ir embora desse jeito ? Que raiva pelo que fizeram com ele, era novo e um grande parceiro e teve um fim assim. Irá deixar saudades, Jorge Fernando Souza. Adeus, amigo e que Deus possa te encaminhar para o paraíso”, postou um outro.
Fonte: Último Segundo/Brasil/O Dia
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