Governadores do Norte e do NE pleiteam ajuda financeira após Temer socorrer Rio
Após Planalto socorrer o governo fluminense, outros 14 Estados pedem cerca de R$ 8 bilhões para recompor perdas das transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE)
Na esteira do Rio de Janeiro, os governadores do Norte e Nordeste formalizaram nesta quinta-feira (30) em carta enviada ao presidente em exercício, Michel Temer, pedido de ajuda financeira especial aos Estados das duas regiões. Na carta, eles pedem cerca de R$ 8 bilhões para recompor perdas das transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE) desde 2011.
O secretário de Fazenda do Estado do Rio Grande do Norte, André Horta, informou ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) que a carta é assinada por 14 governadores das regiões, exceto Pará e Alagoas. Eles querem tratamento especial como foi concedido ao Rio de Janeiro para enfrentar as dificuldades financeiras até o fim do ano.
Os governadores argumentam que a economia das regiões passa por forte quadro de desemprego que tem afetado as finanças estaduais. O secretário disse que os governadores querem que a proposta seja incluída no projeto 257, que tramita no Congresso, que trata da reestruturação da dívida dos Estados e União.
A carta foi enviada também para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Uma reunião está marcada para a próxima semana com o ministro para discutir a proposta. “É preciso que haja um tratamento especial para enfrentar os maiores índices de desemprego no País, que estão nessas regiões”, disse o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria.
No início da semana passada, Temer fechou acordo de auxílio financeiro aos Estados e renegociação das dívidas, que foi vendido pelo governo como uma grande “festa federativa”. Mas as negociações, na prática, não agradaram todos os Estados, conforme antecipou o Broadcast, principalmente, aqueles que não têm dívida ou têm endividamento reduzido, mas também enfrentam forte crise econômica.
A carta enviada a Temer indica que o governo terá dificuldades para votar o projeto no Congresso da forma como ele foi negociado.
Fonte: Último Segundo/Brasil/Estadão
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