Lesão no punho de Jade Barbosa pode ser irreversível
A lesão gravíssima e degenerativa no punho direito da ginasta Jade Barbosa pode ser irreversível. Depois da divulgação do resultado do último exame feito pela atleta, o médico Ricardo Laranjeira disse em entrevista ao repórter Régis Rösing, da TV Globo, que clinicamente houve melhora, mas radiologicamente o estado é muito crítico.
Segundo ele, a necrose no capitato – pequeno osso que fica no meio da mão – não tem incomodado a ginasta, que pode voltar aos treinos. No entanto, confirmou que nada impede o retorno das dores.
– Agora ela está com pouca dor e está liberada para voltar a fazer atividade física. Mas, pela lesão, pode voltar a sentir dor. Não tem prazo para cura, é possível até que não se cure. Vamos ver com o tempo, mas pode ser uma lesão irreversível.
Diante da gravidade, o caso de Jade será revisto por uma equipe médica dos Estados Unidos, estudado em congressos e clínicas de medicina internacionais e nacionais e, provavelmente, Jade terá que sair do país para dar continuidade ao seu tratamento.
– É uma lesão degenerativa, que provoca dor. Por isso, ela está sendo reavaliada. Tenho exames de dois meses e de 15 dias atrás. Inclusive, vamos pedir a opinião de um colega de fora para traçar uma conduta mais definitiva para a Jade.
Laranjeira afirmou que só examinou a ginasta após os Jogos Olímpicos de Pequim, por isso não soube informar se Jade competiu no sacrifício. No entanto, diante da atual situação no punho da atleta, ele preferiu não dar datas quanto ao rendimento da ginasta nas próximas competições.
– Em relação a desempenho, não tenho como dar um prognóstico. O que vai impedir ela de competir, ou não, é a dor.
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Eu aprendi e muito o que deve e o que não se deve fazer. Infelizmente, aprendi como NÃO se deve tratar a ginastas, como o que fizeram com as atletas da seleção.
Atletas da Ginástica Olímpica levam, pelo menos, uma década até O desenvolvimento técnico (equilíbrio, reflexos, coordenação…), físico (musculatura, força, resistência), além de exigir sacrifícios (alongamentos, qualidade alimentar, treinos), também disciplina, segurança.
Daí vem um técnico estrangeiro rouba as melhores ginastas dos clubes pegando tudo já pronto para ficar com as glórias e aplica método exorcista “USA E JOGA FORA” , nunca vistos nem na velha Rússia (onde desistir não é opção) buscando resultados imediatos;
Esse técnico aplicou o confinamento estilo colégio interno longe da família e amigos como se os atletas não tivessem vida fora da ginástica. Um dos principais motivos da desistência em massa das promessas.
Ginástica, por si só exige treinos doloridos, cansativos, desgastantes. Fizeram as ginastas treinarem e competirem muito além da capacidade física e sem descanso, Jade não poderia competir lesionada, nada justifica competir a qualquer preço (neste caso foi um preço muito caro pago com lesões permanentes e sequelas irreversíveis que poderiam ser evitadas). As ginastas retornaram aos seus clubes toda arrebentada e completamente exaustas. Falo isso para vergonha do departamento médico e fisioterapeutas daquela época (se é que havia).
Outro grande equívoco foi a dieta estilo “Olívia Palito” que só se “justifica” no balé onde a bailaria e erguida pelo parceiro ou em carreira de modelo esquelético. Nada justifica passar fome em um esporte que exige força e resistência físicas.
Um esporte tão desgastante exige alimentação farta e com QUALIDADE (e não quantidade) PROIBINDO os alimentos ricos em gordura animal ou muita química como carne suína, sorvetes, manteigas; SUBSTITUINDO por frutas in natura (à vontade) legumes, cereais, verduras e raízes. Substituindo refrigerantes por sucos naturais à vontade. Sem boa alimentação fica impossível o desenvolvimento físico (massa muscular, massa óssea, ligamentos/cartilagens. Evidentemente proibir álcool, tabaco, medicamentos sem recomendação médica e tudo mais que causam danos. Felipe França (medalha de ouro no PAN 2011) é um exemplo de que um atleta avantajado não significa atleta obeso.
Também digo isso para vergonha dos nutricionistas (se é que havia na época).
Conclusão:
* Centralização nunca mais. É por isso que, hoje, os atletas competem somente se levar os técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas (e até a família) JUNTOS. Receita de bons resultados como as medalhas de ouro no PAN de Guadalajara;
* Buscar sempre resultados consistentes em longo prazo, atletas não são descartáveis;
* Ter sempre acompanhamento profissional renomado;
* Atletas campeões não são garantia de bons treinadores.