Robô da Nasa pode estar contaminando águas de Marte, dizem cientistas
Apesar do robô Curiosity ter passado por procedimentos de esterilização, cientistas temem que organismos resistentes tenham acompanhado a nave
O robô Curiosity, lançado em 2012 para explorar o planeta Marte, está preocupando os cientistas da Nasa já que seu trajeto pode estar contaminando os “rios” existentes no solo do planeta vermelho. As informações foram publicadas na revista científica “Nature”.
De acordo com especialistas, apesar do Curiosity ter passado por procedimentos de esterilização e limpeza antes de deixar a terra, é impossível garantir a eliminação de 100% das bactérias. Por isso, cientistas temem que organismos mais resistentes possam ter acompanhado o robô, deixando as águas de Marte sucetíveis à contaminação.
Segundo os especialistas, a existência de água em Marte pode ser visualizada por listras escuras que seriam indícios de um possível “rio” de água líquida.
A descoberta de listras fundas e mais escuras na superfície do planeta vermelho colocou em debate algumas regulamentações para a exploração. Uma delas, por exemplo, exige que todos os robôs sejam obrigados a evitar pontos quentes, ou seja, onde existem condições, mesmo que só teóricas, da presença de vida fora da terra.
A Nasa ainda está decidindo se a distância entre as listras e o trajeto apresenta, efetivamente, riscos muito altos de uma possível contaminação. Enquanto isso, caminhos alternativos são estudados.
Entre os elementos químicos encontrados em Marte estão nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo, enxofre e carbono, todos os ingredientes vitais para o desenvolvimento de bactérias e outros micro-organismos.
Em 2013, cientistas descobriram que as rochas também continham argila, com pH neutro e quantidades apropriadas de sais.
Ao custo de US$ 2,5 bilhões (R$ 5 bilhões), desde que aterrissou próximo ao equador de Marte em 2012, a missão Curiosity descobriu um antigo riacho e diversos minerais semelhantes aos presentes em vulcões havaianos.
Fonte: Último Segundo/Mundo/Com informações da agência Ansa
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