EUA amenizam restrições a Cuba e liberam comércio de charutos e rum
Nova série de ações executivas, anunciada por Obama, propõe um maior relaxamento das restrições comerciais e financeiras entre as duas nações
Os norte-americanos que viajam para Cuba poderão comprar quantos charutos e rum quiserem em suas próximas visitas à ilha comunista. Isso graças às novas medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (14), para amenizar ainda mais as restrições comerciais, financeiras e de viagens em vigor há décadas entre os dois países. As informações são da agência Reuters e da Ansa.
As medidas são parte do esforço do presidente dos EUA, Barack Obama, para tornar sua abertura histórica a Cuba “irreversível” quando deixar o cargo – que será ocupado por Donald Trump ou Hillary Clinton – em janeiro de 2017.
As novas regras vão permitir aos cubanos a compra de alguns bens de consumo norte-americanos vendidos pela internet. Além disso, tais medidas devem impulsionar as pesquisas médicas que as duas nações poderão conduzir juntas no futuro, facilitando também que companhias norte-americanas importem os produtos farmacêuticos cubanos que forem aprovados pela Administração de Remédios e Alimentos (FDA).
Outro setor que será beneficiado é o da agricultura, pelo menos em Cuba. Agora, os norte-americanos autorizados poderão oferecer serviços relacionados à manutenção e ao desenvolvimento do país latino e empresas dos EUA poderão exportar tratores, pesticidas e outros artigos agrícolas para a ilha.
Para impulsionar o comércio entre os vizinhos, Washington também está suspendendo uma proibição à entrada de navios estrangeiros em portos dos EUA para carregar ou descarregar cargas durante 180 dias depois de atracarem em um porto cubano, de acordo com um comunicado conjunto do Tesouro e do Departamento de Comércio dos EUA.
Apesar de permitir que os norte-americanos voltem para casa com a quantidade de produtos alcoólicos e de tabaco que desejarem, contanto que paguem taxas e impostos, a lei dos EUA ainda proíbe o turismo em geral em Cuba.
Democracia e direitos humanos
Além de anunciar as novas regras, o presidente norte-americano, Barack Obama, também comentou sobre a relação mais próxima e forte entre os EUA e Cuba e os desafios que ainda os dois enfrentam.
Lembrou que, entre as duas nações, ainda “permanecem grandes diferenças em relação à democracia e a direitos humanos, mas o degelo é a melhor maneira de abordá-las”. “O progresso dos últimos anos, reforçado pela decisão de hoje deve lembrar o mundo do que é possível quando olhamos para o futuro juntos”, concluiu Obama.
Críticos republicanos costumam ressaltar que o presidente norte-americano fez concessões demais a Cuba e que recebeu muito pouco em troca, especialmente no tocante às questões de direitos humanos.
Fonte: Último Segundo/Mundo/Ig. São Paaulo
Não encontrou o que queria? Pesquise abaixo no Google.
Para votar clique em quantas estrelas deseja para o artigo
Enviar postagem por email