Delúbio Soares e mais cinco viram réus na Operação Lava Jato

Delúbio Soares e mais cinco viram réus na Operação Lava Jato

Delúbio Soares e mais cinco viram réus na Operação Lava Jato

Ex-tesoureiro do PT, que já é réu em uma ação penal, é acusado pelo crime de lavagem de dinheiro em esquema envolvendo empréstimo do banco Schahin


O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta sexta-feira (21) aceitar a denúncia apresentada pela força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e mais cinco pessoas. Eles são acusados de fazer parte de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empréstimo junto ao banco Schahin.
Além de Delúbio, que já é réu em uma ação da Operação Lava Jato, também se tornaram réus o ex-presidente do banco Schahin Sandro Tordin, o ex-prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos, os publicitários Giovane Favieri e Armando Peralta e o empresário Natalino Bertin .

A ação penal na qual o ex-tesoureiro do PT se tornou réu nesta sexta-feira apura susposto crime de lavagem de dinheiro envolvendo R$ 4,1 milhões oriundos do montante de R$ 12 milhões conseguidos pelo pecuarista José Carlos Bumlai por meio de emprétimo junto ao banco Schahin.
“Entendo que a prova documental apresentada quanto ao destino de parte do empréstimo fraudulento, é suficiente para justificar, nessa fase, o recebimento da denúncia” destacou o juiz federal, responsável pela condução do processo.

De acordo com a denúncia, R$ 95 mil teriam sido repassados da empresa Bertin Ltda. para a King Graf, prestadora de serviços da campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores para a prefeitura de Campinas, em São Paulo, em 2004. Delúbio teria representado os interesses do PT nas movimentações.
Outra parte dos valores teria sido direcionada pelo Frigorífico Bertin a credores do PT. No caso, a empresa Núcleo de Desenvolvimento de Comunicação (NDEC), pertencente a Peralta e Favieri, recebeu R$ 3,4 milhões. O pagamento teria sido feito como contraprestação pelos serviços prestados a Helio de Oliveira Santos (PDT), no segundo turno da campanha a prefeito de Campinas em 2004.
A força-tarefa da Lava Jato também apontou que que outra parcela, de R$ 150 mil, foi utilizada para pagamento de honorários do advogado de Laerte Arruda Correa Júnior, empresário relacionado a Delúbio Soares, então detido na operação Vampiro. Aproximadamente R$ 1,8 milhão, dos valores obtidos por Bumlai, segue sem destino conhecido.
Outra metade
A partir das investigações, o MPF passou a suspeitar que R$ 6 milhões, metade do empréstimo, foram repassados a Ronan Maria Pinto pelo PT. O partido sofreria extorsão do empresário, que teria ameaçado denunciar o esquema de corrupção da prefeitura de Santo André (SP), então comandada por Celso Daniel, assinado em 2002.
Sobre essas acusações, Moro decidiu arquivar as imputações contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os empresários José Carlos Bumlai, Milton Schahin e Salim Schahin por falta de provas. O juiz também entendeu que as acusações prescreveram porque o período prescricional caiu pela metade em função “da idade avançada” dos investigados.
Em março, em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares disse que não deu aval e que desconhecia um empréstimo supostamente fraudulento.
Segundo Delúbio, em uma das reuniões, feita na sede nacional do PT em São Paulo, estava Sandro Tordin, um dos investigados ligados ao Banco Schain, mas nada foi falado sobre o empréstimo. Aos investigadores da Lava Jato, Delúbio disse que soube do empréstimo recentemente pela imprensa.

Fonte: Último Segundo/Política/EBC Agência Brasil


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