Segunda aplicação do Enem traz questões sobre dengue e Aquarela do Brasil
Alunos tiveram 4 horas e 30 minutos para responder questões das áreas de humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias
O primeiro dia da segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano trouxe questões que abordaram duas canções populares: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, e Cidadão, de Zé Ramalho. A prova incluiu ainda questões sobre dengue, meio ambiente e questão racial.
Neste sábado (3), os estudantes tiveram quatro horas e 30 minutos para responder a 90 questões das áreas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. As provas foram aplicadas em 165 municípios e 418 locais de prova.
No caso da dengue, a questão cita uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional de Medicina Tropical, no Rio de Janeiro, em 2012, que propõe o uso de uma bactéria no próprio mosquito transmissor, o que impediria que a doença fosse transmitida para seres humanos. Os candidatos tinham que dizer qual conceito da biologia está envolvido no processo.
A famosa Aquarela do Brasil é citada em questão sobre o Estado Novo, sistema político implantado por Getúlio Vargas, que vigorou de 1937 a1945, período em que a canção foi composta (1939). Já a canção Cidadão, que fala de um homem que observa um edifício que ajudou a construir e é confundido com um ladrão, é usada em questão sobre trabalho, logo acima de um trecho de Manuscritos Econômico-Filosóficos, do sociólogo Karl Marx.
Estudantes
As opiniões dos estudantes sobre o primeiro dia de prova variaram: alguns acharam o exame fácil e outros, muito difícil. “Achei a prova normal, estava no nível do que é esperado no Enem. Algumas questões mais difíceis, mas na proporção esperada”, disse Augusto Oliveira, aluno do 3º ano, que pretende usar o resultado do exame para cursar direito.
Para Aimê do Carmo, estudante do 3º ano, que pretende usar a provar para entrar no curso de comunicação social, a prova estava fácil. “Eu estava com medo, alguns colegas que fizeram a primeira aplicação disseram que havia questões impossíveis, mas achei bem tranquilo”, afirmou. Tanto Aimê quanto Augusto fizeram o exame em uma universidade particular em Brasília.
O Enem foi aplicado no início de novembro para 5,8 milhões de candidatos, mas 277.624 tiveram o exame adiado, o que custou aos cofres públicos um adicional de R$ 10,5 milhões.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do total de candidatos inscritos para a segunda aplicação, 273.521 (98,52%) não puderam participar do Enem regular por causa das ocupações em escolas, universidades e institutos federais, e 4.103 (1,47%) foram afetadas por contingências como a interrupção do fornecimento de energia elétrica.
As provas são diferentes daquelas aplicadas no início do mês de novembro, nos dias 5 e 6, mas mantêm nível de dificuldade similar, o que, de acordo com o Inep, garante a isonomia entre os candidatos.
“Sucesso”
As provas do primeiro dia da segunda aplicação do Enem “foram realizadas com sucesso”, avaliou o Inep. A aplicação do teste contou com monitoramento, além do Ministério da Educação (MEC), das polícias estaduais e Federal, do Exército e de outros parceiros.
“Não foram registradas intercorrências graves em nenhum dos 418 locais de aplicação”, informou, em nota, o Inep.
*Com informações da Agência Brasil
Fonte: Último Segundo /Educação/EBC Agência Brasil
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