Policiais e manifestantes entram em confronto durante protesto em Brasília

Policiais e manifestantes entram em confronto durante protesto em Brasília

Policiais e manifestantes entram em confronto durante protesto em Brasília

Ato contra a PEC 55 que limita o crescimento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos ocorreu após a votação no Senado que aprovou a proposta

Após a aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos, manifestantes contrários ao governo do presidente Michel Temer entraram em confronto com a Polícia Militar em Brasília. O grupo protestava na Esplanada dos Ministérios na tarde desta terça-feira (13).
A polícia teve de usar bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os dissidentes. Até o fechamento desta reportagem, não havia informações sobre feridos ou presos durante o protesto contra a PEC.
PEC dos gastos
O Senado aprovou nesta terça-feira o texto-base da PEC 55 com 53 votos a favor, 16 contra e uma abstenção. A matéria deverá ser promulgada já nesta quinta-feira (15) em sessão no Congresso Nacional.

Polêmica, a PEC do Teto dos Gastos havia sido aprovada no primeiro turno em 29 de novembro, por 61 votos a 14. Os senadores ainda precisam votar nesta terça-feira dois destaques ao texto-base. Apesar de o governo ter perdido apoio na segunda votação, a vitória foi tranquila, já que eram necessários os votos de três quintos dos parlamentares, o equivalente a 49.

A medida é defendida pela equipe econômica do Palácio do Planalto, que busca fazer ajustes às contas públicas com o objetivo de reduzir o déficit fiscal. A matéria estabelece que o crescimento das despesas dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo de um ano para o outro ficará restrito ao mesmo percentual medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – a inflação oficial do País – nos 12 meses imediatamente anteriores. Também estarão sujeitos à nova legislação o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público da União e a Defensoria Pública da União.
Antes de a votação ser iniciada, senadores de oposição apresentaram recursos para travar a apreciação do texto. A tentativa, entretanto, não surtiu efeito. Houve discussões em plenário envolvendo a base de apoio ao governo.
Manifestações
Desde que a medida foi enviada pelo Planalto à Câmara, em junho – ainda sob o número 241 -, a matéria é alvo de manifestações em todo o Brasil. Estudantes chegaram a ocupar centenas de escolas em diversos estados para pressionar os parlamentares a rejeitar a medida. No entanto, a matéria obteve amplo apoio dos deputados nas duas votações em plenário.
A oposição alega que a PEC irá congelar os gastos do governo em áreas importantes, como saúde, educação e assistência social. O governo rebate as críticas e alega que a proposta é essencial para reorganizar as contas públicas e, consequentemente, retomar o crescimento econômico do País.
Fonte: Último Segundo/Política/Ig.São Paulo


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