Justiça decreta prisão preventiva de acusados de matar vendedor no Metrô de SP

Justiça decreta prisão preventiva de acusados de matar vendedor no Metrô de SP

Justiça decreta prisão preventiva de acusados de matar vendedor no Metrô de SP

Indiciados estavam presos provisoriamente; ambulante foi espancado até a morte em pleno dia de Natal quando tentava defender moradora de rua

O Tribunal de Justiça de São Paulo converteu de temporária para preventiva a prisão dos dois indivíduos acusados de matar o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas em uma estação do Metrô na região central da capital paulista. O crime aconteceu no dia 25 de dezembro do ano passado.

O pedido de prisão preventiva foi apresentado à Justiça pelo promotor Neudival Mascarenhas Filho, do MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Ele argumenta que os indiciados, Ricardo Martins do Nascimento e Alípio Rogério Belo dos Santos, agrediram covardemente Ruas, que havia somente interferido para apaziguar uma situação envolvendo os dois homens. O vendedor foi espancando pela dupla e chegou a ser resgatado, mas morreu no hospital.

Testemunhas disseram à polícia que, antes de espancarem Ruas, os acusados agrediram uma moradora de rua transexual com socos e chutes. Em seguida, outra pessoa transexual interveio para ajudar a amiga, sendo perseguida por Santos e Nascimento, que não conseguiram alcançá-la. A vítima, que vendia doces nas imediações, pediu que os indiciados se acalmassem, tornando-se o novo alvo da violência. Após quebrar a barraca de vendas usada por Ruas, os dois passaram a persegui-lo. Já no interior da estação, o homem foi agredido com chutes e socos, sendo inclusive pisoteado na cabeça Os assassinos deixaram o local, mas retornaram para continuar com as agressões contra a vítima, já desfalecida. A ação criminosa foi flagrada por câmeras de vigilância.

Para a Promotoria , a decretação da prisão preventiva era necessária para garantir a ordem pública, abalada pela conduta periculosa dos indiciados. A medida serve ainda para assegurar a proteção às vítimas e testemunhas, que irão prestar depoimento e realizar reconhecimentos em juízo.
Ainda de acordo com o MP-SP, Santos e Nascimento devem continuar presos também para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista que, após o crime, mesmo tendo seus rostos estampados em diversos veículos de comunicação, os indiciados se evadiram de suas residências, mantendo-se escondidos em outros locais.
Família
Na primeira semana de mandato, o prefeito de São Paulo , João Doria (PSDB), anunciou que a empresa responsável pela limpeza pública na capital paulista iria contratar Reginaldo Ruas, irmão do vendedor morto, para trabalhar como motorista, com salário de R$ 2 mil.
O anúncio foi feito depois que centenas de pessoas fizeram manifestações na Estação Pedro II , da Linha 3-Vermelha do Metrô , pedindo justiça após o assassinato. Os participantes também reivindicaram mais segurança nas estações.
Fonte: Último Segundo/Brasil/Ig. São Paulo


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