Terceiro dia do julgamento Pirate Bay conta com ‘presença’ dos Beatles e do King Kong

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No terceiro dia de julgamento , pontuado por citações aos Beatles e ao King Kong, representantes da indústria fonográfica e do cinema acusaram o Pirate Bay de “crime organizado em grande escala” e defenderam que o site retribua financeiramente as empresas como se tivesse obtido licenças mundiais pelo conteúdo que distribui. Já os advogados de defesa alegaram que o site não é responsável pelos arquivos que encontra, uma vez que funciona apenas como uma ferramenta de busca, como o Google.


O julgamento se reiniciou com o promotor Hakan Roswall caracterizando a desistência de parte das acusações na terça-feira como uma “pequena mudança”. A defesa discordou.

– Nós não concordamos que isso seja apenas um pequeno ajuste das reclamações, mas vamos voltar ao tema em outro momento – disse um dos advogados do Pirate Bay, segundo o site TorrentFreak , que está acompanhando o caso.

Os representantes da indústria fonográfica e do cinema se apoiaram na tese de que um download é igual a uma venda perdida para estabelecer em US$ 13 milhões o valor dos danos causados pelo Pirate Bay.

A multa seria maior para material que não está disponível online, como todo o catálogo dos Beatles. Nesses casos, o IFPI (International Federation of the Phonographic Industry) pede que os danos sejam multiplicados por 10, alegando uma espécie de “licença de pré-estréia”.

– Talvez eles não tenham toda a quantia pedida pela acusação, mas têm uma boa parte dela de qualquer maneira – disse o Peter Danowsky, representate do IFPI.

Os advogados de defesa afirmaram os arquivos de torrent não são encontrados apenas pelo Pirate Bay, mas também por outros sistemas de busca como o Google. Além disso, eles afirmaram que o conteúdo encontrado no Pirate Bay é gerado pelos usuários, e que os responsáveis pelo site não têm controle sobre ele.

– Para ser considerado responsável (pela transferência de uma informação), o prestador de serviço deve iniciar a transferência. E os administradores do Pirate Bay não iniciam as transferências. Quem faz isso são os usuários, pessoas que podem ser identificadas por nomes como “King Kong” – ironizou o advogado Per Samuelsson.

O argumento de Samuelsson se baseia no fato de que os arquivos encontrados pelo Pirate Bay são publicados na internet por usuários que podem estar em qualquer lugar do mundo e na maioria das vezes se identificam por meio de apelidos.

– De acordo com os procedimentos legais, as acusações devem ser feitas contra um indivíduo e deve haver uma ligação entre quem comete o crime e aqueles que os ajudam a cometê-lo. Essa ligação não foi demonstrada. O promotor deve provar que Carl Lundström interagiu pessoalmente com o usuário King Kong, que pode muito bem estar em alguma selva do Camboja – acrescentou o advogado.


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