Cerca de 40 mil candidatos que deverão se inscrever no próximo vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) poderão utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para aumentar as chances de aprovação.

A Comissão de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFRGS aprovou ontem o parecer que definiu a participação da universidade no Enem. Os conselheiros decidiram que, no Vestibular de 2010, os estudantes poderão utilizar os escores obtidos como uma nota adicional ao processo seletivo da instituição. O Enem não será obrigatório, ficando o aluno livre para escolher usar ou não o resultado das provas do exame, que serão aplicados nos dias 3 e 4 de outubro.

– Ao prestar o exame e decidir utilizar a nota na UFRGS, o estudante poderá ter a certeza de que só terá benefício – afirma o reitor, Carlos Alexandre Netto.

Segundo o reitor, neste primeiro momento, a ideia é incentivar a participação dos alunos do Ensino Médio no Enem, já que a pontuação obtida representará um bônus. Para incluir o exame no seu vestibular, a UFRGS calculará a média alcançada entre os candidatos que, no momento da inscrição na universidade, decidiram utilizar o exame. Ao acertar desempenho médio, todos os que ficarem acima dele contarão com a ajuda do Enem, que se tornará a 10ª prova do vestibular. Quem não optar pela utilização do exame nacional não ficará prejudicado, pois o cálculo da média harmônica continuará sobre as nove provas.

A forma de implantação do Enem na UFRGS deverá atender a expectativa dos vestibulandos. Antes da aprovação na Cepe, os estudantes que se preparam para as provas do próximo vestibular programavam protestos caso o exame fosse obrigatório.

O impacto do Enem na universidade será de acordo com a nota do aluno e do curso pretendido. O reitor aponta que o exame poderá decidir a classificação, sobretudo entre os últimos colocados. Construída desde maio na universidade, com a participação de representantes dos setores envolvidos no concurso, a proposta de adesão ao Enem passou também por um seminário aberto, em junho, que envolveu toda a comunidade acadêmica.

Fonte:zerohora