O mercado brasileiro de computadores deve crescer 26% em 2010, em relação ao ano passado, motivado especialmente pelo mercado de consumo, prevê a fabricante de microprocessadores Intel.

A expectativa, divulgada hoje pela empresa, é melhor do que a da consultoria IDC Brasil, que prevê 13,2 milhões de máquinas vendidas em 2010, o que representa um avanço de 20% na comparação com o resultado do ano anterior.

Entre os vetores do salto nas vendas de máquinas no país, a Intel destaca a renovação do parque de máquinas, com ênfase nos notebooks, e a crescente entrada da classe C no consumo de computadores.

Este ano, 4 em cada 10 compradores de PCs faziam parte da classe C, destaca a empresa em estudo apresentado nesta sexta-feira. ‘Há um ingresso massivo desta classe social, que já vem com a cultura da economia digital’, observa o diretor de marketing da Intel Brasil, Cássio Tietê.

De acordo com Tietê, o aumento do poder de consumo do brasileiro, motivado por um cenário econômico favorável, incluindo a valorização do real frente ao dólar, colaboram para a expansão do setor. ‘Em 2000, cada brasileiro precisava trabalhar 20 semanas para comprar um computador. Hoje, a média caiu para sete semanas’, compara Tietê.

Em 2009, o Brasil tinha 0,5 computador por domicílio, segundo dados da empresa. ‘É possível chegar em 2015 com uma média de 1,5 computador por domicílio’, projeta o executivo.

Se concretizar o ritmo esperado pela Intel, o Brasil deve tornar-se o terceiro maior mercado de PCs do mundo ‘ainda este ano ou muito em breve’, prevê Tietê.

Hoje, o Brasil é o quarto maior consumidor de PCs do mundo e briga com a Alemanha pela terceira posição. Os Estados Unidos, em primeiro, devem ser ultrapassados pela China em 2010, de acordo com o executivo.

fonte: Valor OnLine